sexta-feira, 23 de junho de 2023

São João: Especialista explica como proteger animais de estimação dos fogos de artifício


A queima dos fogos de artifício é um dos elementos mais importantes do São João. O ritual, originalmente criado para espantar a negatividade, se tornou uma tradição nas festividades juninas, especialmente, na região Nordeste. Apesar dos fogos de artifício terem sua importância histórica e cultural, já foi comprovado cientificamente que os explosivos são prejudiciais para aqueles que possuem hipersensibilidade sensorial, como pessoas idosas, bebês e pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEA). Os animais também são um dos principais afetados pelo barulho dos artefatos. 

Isso porque eles possuem, de acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), uma capacidade auditiva maior que a dos humanos. Os cachorros, por exemplo, podem ficar estressados com barulhos acima de 60 decibéis, o equivalente a uma conversa em tom alto. Por este motivo, é comum ver animais acuados e ansiosos durante a queima de fogos. Para proteger os bichinhos nestas ocasiões, a professora do curso de Medicina Veterinária do UniFavip Wyden, Jéssica Bandeira, indica que os tutores criem um ambiente seguro e confortável para os pets. 

“Os animais, principalmente os cães e os gatos, não são acostumados aos barulhos dos fogos de artifício. Alguns, chegam a se machucar e fugir de casa, por isso, os tutores devem fazer companhia no momento da queima de fogos e garantir que o espaço não apresenta riscos ao animal”, pontuou Jéssica Bandeira. A professora do curso de Medicina Veterinária do UniFavip Wyden também recomenda que, se o animal tiver alguma reação fora do padrão, o tutor deve marcar uma consulta com um médico veterinário de confiança. 

“Se durante a queima de fogos de artifício o animal apresentar comportamentos atípicos como, por exemplo, convulsões, o indicado é levá-lo imediatamente a um veterinário. O profissional vai realizar exames, identificar exatamente qual é o problema do bichinho e acalmá-lo. Em alguns casos, os veterinários recomendam o uso de calmantes, enquanto em outras eles apenas ensinam estratégias para tranquilizar o pet. Então, para saber a melhor forma de ajudar o animal e mantê-lo protegido, é crucial que o tutor consulte um especialista”, finalizou Jéssica Bandeira.