O bombardeio diário de notícias ruins em um Brasil pandêmico inspirou a criação do solo O Âncora, com direção e texto de Leandro Muniz, atuação e direção de Alex Nader, direção de produção de Caio Bucker e coordenação de produção de Anna Sophia Folch. O espetáculo estreia no dia 30 de junho no CCBB São Paulo, onde segue em cartaz até 23 de julho, com apresentações às quintas e sextas às 19h, sábados às 16h e 19h e domingos às 16h.
Na trama, o famoso âncora do principal telejornal de um grande emissora de TV surta diante das câmeras. Ele está saturado pelos muitos problemas enfrentados pelo país e extenuado pelas últimas notícias da política. Durante a transmissão, ele confessa ao vivo que está bêbado e que precisa tomar remédios psicotrópicos para poder dar conta de repetir à exaustão os fatos cruéis que assolam o país.
Desacreditado com a profissão e com o “desgoverno”, o apresentador está em seu limite e ameaça acabar com a vida ao vivo. Ele está disposto a romper com os limites da ética jornalística para alertar seu público de que a vida no país está muito pior do que as pessoas imaginam e que nem a emissora para a qual ele trabalha é confiável.
A ideia da peça é partir desse contexto para criar uma reflexão sobre todas as questões importantes para o nosso tempo, como a crise climática, a desigualdade social, a luta contra a extrema direita, a homofobia, o racismo, o machismo e o papel da mídia brasileira no cenário político.
Com humor crítico, o texto procura desconstruir com sarcasmo o homem que deveria levar credibilidade à família brasileira, mostrando que ele também está em crise, culpado por viver cercado de privilégios e finalmente resolve decretar o fim da hipocrisia que virou a sua vida. Em crise por ser um homem branco, hetero, rico, num país ainda famélico e deseducado, ele aponta sua língua afiada e desabafa descontrolado, expondo a sua vida e os bastidores da política em cadeia nacional.
Esse mote é uma janela humorística para o personagem passear por tudo o que o aflige, desde seu relacionamento falido com uma ex-apresentadora de telejornal, a proliferação das fakenews, que abalou a credibilidade do jornalismo e impulsionou veículos extremamente duvidosos, passando pelo seu inconformismo com a visão distorcida que o público tem sobre quem ele realmente é. Ele, fora de si, mostrará o seu lado cruel, poético, humorado, raivoso e autodestrutivo.
Ficha Técnica
Texto e direção: Leandro Muniz
Direção e atuação: Alex Nader
Direção de produção: Caio Bucker
Produção executiva: Radamés Bruno
Coordenação de produção: Anna Sophia Folch
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Sinopse
Um prestigiado âncora de telejornal de uma emissora de credibilidade surta durante a apresentação do programa, saturado pelos problemas insolúveis do país. Perplexo com as últimas notícias da política, ele explode no ar, confessa que está alcoolizado e que há anos usa psicotrópicos para dar conta das notícias cruelmente repetitivas. Ele está no seu limite, acabou um casamento e não acreditar mais no jornalismo. Ele está disposto a romper os limites e alertar o seu público de que a vida está muito pior do que eles imaginam e, talvez, no fim daquele fatídico dia de trabalho dê fim a sua própria vida em rede nacional.
Serviço
O Âncora, de Leandro Muniz
Temporada: 30 de junho a 23 de julho, às quintas e sextas, às 19h; aos sábados, às 16h e às 19h; e aos domingos, às 16h
Classificação indicativa: 14
Duração: 50 minutos
Ingressos: 30(inteira) e R$15 ( meia-entrada)
Ingressos em bb.com.br/cultura ou na bilheteria do CCBB
Acessibilidade: acesso a cadeirantes. 1 sessão com intérprete de libras a ser divulgada.
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP - ATENÇÃO RUA DE PEDESTRE. Veja as opções oferecidas para chegar ao CCBB com mais comodidade.
O CCBB disponibiliza traslado com van gratuita e credenciada a partir de dois pontos. Vans de 15 em 15 min.
1. Estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228.
2. Estação de metrô República.
Informações: +55 11 4297-0600