quarta-feira, 7 de junho de 2023

Especialista traz alerta sobre lombalgia e como diminuir a incidência de dor na coluna no dia a dia

 

A dor na região lombar, conhecida como lombalgia, se tornou quase uma espécie de epidemia em alguns países, sendo considerada um dos problemas de saúde mais comuns nas sociedades modernas. Segundo uma pesquisa publicada na revista Lancet Rheumatology, baseada em análise de mais de 30 anos de dados globais do estudo Global Burden of Disease (GBD) 2021, o número de casos de lombalgia está crescendo e, até 2050, 843 milhões de pessoas serão afetadas pela condição, na maioria devido ao aumento populacional e ao envelhecimento.

“A lombalgia é a segunda queixa mais frequente no consultório médico e um dos motivos de grande reclamação das pessoas durante as atividades do dia a dia. Em mais de 99% dos casos, a lombalgia é causada por dores musculares que podem estar relacionadas à má postura, ao excesso de esforço repetitivo durante o trabalho ou nas atividades do lar, à má posição ao dormir e ao uso excessivo de celular e computador. Todas essas práticas podem acabar sobrecarregando uma musculatura importante que chamamos de ‘músculos do core ou músculos do centro’, responsáveis por ajustar a postura da coluna vertebral”, explica o ortopedista Filipe Mesquita, da Hapvida NotreDame Intermédica.

O especialista explica que nem sempre os exames vão apontar as causas dos sintomas. “Em alguns casos, quando a dor persiste, é necessário a solicitação de exames de imagem. Contudo, nem sempre os resultados dos exames vão apontar alterações que justifiquem os sinais”, aponta o ortopedista. É muito comum que os médicos prescrevam medicações como analgésicos e antiinflamatórios para o controle dos sintomas, além de associações com fisioterapia e infiltração que consiste na administração de medicamentos diretamente no local.

O médico ainda alerta que, em pessoas mais idosas, as dores na região lombar podem estar associadas a artrite reumatoide, artrose e, em casos raros, tumores como câncer e metástase. “Pessoas com histórico de tumores e infecções precisam relatar essa informação ao médico para uma investigação mais aprofundada e exclusão desses diagnósticos”, alerta o médico Filipe Mesquita.

“Algumas medidas podem diminuir a incidência de dor na coluna no dia a dia, como melhora da postura e a prática de exercícios físicos regulares, o que ajuda no fortalecimento da musculatura e a manter uma melhor postura. Por estar mais forte e firme, a musculatura fica menos propensa a dores por fadiga e cansaço. Alongamentos também podem ajudar e, se houver persistência dos sintomas, é recomendado procurar um médico ortopedista para uma avaliação e diagnóstico”, aponta o médico Filipe Mesquita, ortopedista da Hapvida NotreDame Intermédica.