O Dia Mundial da Tartaruga Marinha é celebrado neste
mês de junho como uma forma de aumentar a conscientização sobre a importância
da conservação dessa espécie. Um estudo, realizado pela Associação
Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA) e ONU Meio Ambiente, revelou que 25
milhões de toneladas de lixo são descartados no oceano, sendo que 13 milhões de
toneladas correspondem a vestígios plásticos. Dessa forma, as mobilizações em
prol da proteção e preservação dos habitats desses animais tornam-se fundamentais.
De acordo com a coordenadora de Medicina Veterinária
da UNINASSAU Rio de Janeiro, Luciana Guerim, as interferências dos resíduos
plásticos na vida das tartarugas são diversas. "Eles causam alterações
microambientais, influenciando a manutenção de temperatura do ambiente
utilizado para postura dos ovos, por exemplo. Além disso, dificultam os
movimentos dos animais durante o procedimento de desova".
Os resíduos proporcionam riscos em terra firme e
representam uma ameaça para a vida marinha. Isso se deve à praticidade dos
materiais e à forma inadequada que os indivíduos realizam o descarte. "É
comum observar uma forte quantidade de lixo nas praias que pode ser levada para
a água por meio do vento ou pela própria ação da maré. Os detritos presentes nas
ruas também acabam tendo o mar como destino final por conta do sistema de
escoamento. Neste cenário, animais marinhos os ingerem por serem atraídos pela
luminosidade, pois lembram as formas de algas que servem de alimento”, explica
a veterinária.
Dessa forma, é essencial promover ações de conscientização em favor da proteção das tartarugas marinhas. Com o aumento de atividades de recolhimento de material plástico, por exemplo, é possível avançar com o compromisso de conservação desses animais e do meio ambiente.