sábado, 3 de junho de 2023

Como lidar com a fase das mordidas na infância?

 

Enquanto ainda não sabem falar com desenvoltura, as crianças utilizam outros meios para se comunicar, como as mordidas por exemplo. Mais do que uma reação de raiva, as mordidas na infância são parte de uma fase do desenvolvimento e, muitas vezes, também são uma forma de comunicação e expressão de sentimentos. No entanto, isso não significa que essas atitudes devam ser ignoradas ou aceitas pela família e escola. Por isso, é importante entender bem o momento para saber como lidar quando a criança é a vítima ou o autor da mordida no colega de turma.

“Várias situações podem levar a criança a morder. A gravidez da mãe e, algumas vezes, até da professora podem gerar sentimentos de perda ou abandono. Na escola, outros contextos que podem ocasionar episódios de mordidas são a mudança de sala, a disputa por um brinquedo com um colega ou mesmo a necessidade de chamar atenção das pessoas”, explica a psicóloga da Educação Infantil do Colégio GGE, Tabatha Silva.

A profissional de saúde destaca que, quando a criança morde outra pessoa, é importante que haja a mediação de um adulto para fazer com que ela reflita sobre o que fez e para que entenda que há outras maneiras de conseguir o que deseja. São alternativas: perguntar à criança “se você não gostou do que o outro fez (mordida), vamos dizer isso a ele?” ou, ainda, “você quer o brinquedo? Então vamos pedir o brinquedo ao amigo!”. Assim, o adulto acaba mostrando à criança que a fala é a forma certa de se obter as coisas.

Além do ambiente familiar, Tabatha avalia que é necessário a intervenção da escola para um direcionamento positivo nesses casos. “No Colégio GGE, temos um projeto que consiste em enviar orientações aos pais através de comunicados e via atendimento quando a família solicita o Serviço de Orientação Educacional e Psicológica. Por meio dessas iniciativas, trabalhamos de forma lúdica e atuante, inclusive com entradas em sala quando há demanda específica para as crianças de uma determinada turma”, explica a psicóloga.