Fortalecer o sistema imunológico das crianças pode ser um dos pilares para evitar doenças. Com o aumento de doenças respiratórias nos últimos meses, Pernambuco chegou a ficar com mais de 80 crianças na fila de espera por vagas em UTIs, segundo dados da Central de Regulação de Leitos do Estado. Para evitar a superlotação e o adoecimento dos pequenos, a alimentação pode ser uma das aliadas. Além do acompanhamento de um médico pediatra, algumas medidas podem ser tomadas junto a um profissional nutricionista para combater enfermidades e internações.
De acordo com a nutricionista e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Alyne Nunes, a frequência de alguns alimentos específicos nas refeições das crianças auxilia na nutrição completa de vitaminas essenciais. “É o caso de frutas como laranja, acerola, kiwi, tomate, além de brócolis, couve e pimentão verde e vermelho, que possuem excesso de vitamina C, que é um antioxidante que aumenta a resistência do organismo”, ensina.
Brócolis, couve e espinafre são ricos em nutrientes que atuam na defesa do corpo frente à diversas doenças como asma, bronquite, anemia e doenças vasculares, por exemplo. Carnes, cereais integrais e leguminosas, como feijão e ervilha são ricos em zinco, nutrientes que combatem resfriados, gripes e outras doenças do sistema imunológico. O ômega 3, presente no azeite e no salmão, ajuda na imunidade e no combate a inflamações. O tomate é um forte aliado para remover os radicais livres do organismo, auxiliando também no combate de doenças cardiovasculares.
Ainda segundo Alyne, aumentar o consumo de frutas como laranja, acerola, kiwi, caju, abacaxi, morango e mamão ou tomar suplementos de vitamina C ajudam a manter esse potente antioxidante no organismo atuando a favor da saúde. “A alimentação infantil está diretamente relacionada com o processo de saúde e doença das crianças, repercutindo no seu desenvolvimento e crescimento. Sintomas como adinamia, déficit do crescimento e ganho de peso são frequentes, os quais podem ser atribuídos a más hábitos alimentares”, fala.
Para as crianças que não são boas de garfo, a nutricionista ensina algumas dicas, como buscar orientação com o pediatra e realizar exames para descartar alguma intolerância. O atendimento multidisciplinar também é importante, como o acompanhamento de um psicólogo que possa tratar possíveis questões emocionais. “Para tentar convencer os pequenos a realizar uma boa refeição, podem ser feitos pratos divertidos e coloridos. Mas caso ela não coma, não force. Planeje alternativas, como chamar para ajudar a preparar o cardápio. É importante lembrar também que é interessante evitar a ingestão de muitos líquidos antes das refeições. Monte uma rotina de hábitos da família para fazer as refeições”, diz.
Entre as principais dicas de lanches com opções mais naturais e lúdicas para serem adicionadas ao cardápio estão biscoitos caseiros, suco natural, iogurte, palitinhos de tapioca, bolo de banana, mini sanduíches e torrada integral. “Substitua alimentos industrializados por alimentos integrais e com menos teor de sal e açúcar. No lugar do néctar de fruta opte por um iogurte com geleia. No lugar de uma bolacha recheada escolha cookies integrais”, ensina Alyne Nunes.
Além dos nutrientes dos alimentos, a ingestão de água é muito importante porque traz benefícios ao organismo. Auxiliando no bom funcionamento dos rins, na limpeza do organismo, contribuindo para a não retenção de líquidos, desintoxicando, ajudando no aumento de massa muscular e combate ao envelhecimento, ou seja, importante em todas as etapas da vida do ser humano.
“O consumo de água também ajuda a emagrecer, protege nossos órgãos vitais e os ajuda a absorver melhor os nutrientes. É bom para o funcionamento do metabolismo. E ainda protege e hidrata nossas articulações e células. Todas as células de nosso corpo necessitam de água”, afirma.