O dia 24 de maio é marcado pelo Dia Nacional do Café. A data foi instituída desde o ano de 2005 por sugestão da Associação Brasileira da Indústria do Café - ABIC para lembrar a importância histórica do grão no Brasil. Muito mais do que uma bebida saborosa que harmoniza bem com bolos, torradas e doces, o seu sabor singular atravessa gerações e cria memórias de laços afetivos. E com toda essa importância, o café ainda é uma fonte rica em antioxidante, que ajuda a manter a saúde do corpo e a prevenir doenças.
De acordo com a nutricionista e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Alyne Nunes, o café contém uma série de nutrientes como vitaminas B2, B3, B5, manganês, magnésio e potássio. “Ele ainda acelera o metabolismo ajudando na queima de calorias, aumenta a expectativa de vida por ser antioxidante e diminuir o risco de depressão. E ainda fortalece a memória. Porém, o exagero com as doses sem moderação e o exagero no uso do açúcar para adoçar a bebida pode gerar prejuízos à saúde”, ensina.
As doses diárias devem ser entre 4 a 5 xícaras de 50ml por dia, que é a quantidade que não oferece riscos ao organismo. É indicada por oferecer benefícios à saúde por causa dos componentes como a cafeína, famosa pelo efeito estimulante, pela concentração de polifenóis, que são antioxidantes que impedem, ou ao menos diminui, a ação dos radicais livres que prejudicam o equilíbrio celular. Só por causa dessas propriedades, contribui para a prevenção de doenças e promoção do bem-estar.
Alyne ainda esclarece as principais diferenças entre os tipos mais conhecidos da bebida, que são facilmente encontradas como clássico, coado e descafeinado. “O que chamamos de café tradicional são grãos muito torrados, dando aquela coloração preta e um forte amargor. Os pacotes da categoria clássico podem conter, além dos grãos de café, alguns deles defeituosos e impurezas. Possuem baixíssima complexidade no sabor final da bebida”, conta.
A categoria dos coados ganha mais sabor por causa do seu modo de preparo, que resulta em uma bebida mais agradável ao paladar. “Isso acontece porque o pó que fica no filtro está em contato com a água por mais tempo, destacando o corpo, a doçura e a acidez, sem perder o equilíbrio”, fala.
O descafeinado possui aroma, textura e sabor similares ao comum, só diferenciando na quantidade de cafeína. Enquanto o café comum, em 100g, tem em média 0,8 a 2,5 g do estimulante, o café descafeinado precisa ter no máximo 0,1 g/100g deste item.
Entre o tipo de café mais indicado para ser ingerido, a nutricionista destaca os grãos arábica porque conferem maior complexidade de sabores e aromas ao cafezinho. Além disso, seu passo a passo no processo de produção exige maior cuidado, que resulta em maior qualidade. “Por isso, se for possível, escolha os que têm a indicação de 100% Arábica, que são os cafés especiais e gourmets”, finaliza.