O ativista do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Raul Jonathan, acabou de ser liberado após audiência de custódia no Fórum de Olinda. Ontem ele havia sido detido na Delegacia de Paulista, na Região Metropolitana do Recife.
Jonathan estava liderando manifestações dos sem teto em meio à mobilização do MNLM, da qual é integrante da diretoria nacional. No dia de ontem (16), houve ealização de atos de rua nos Estados de Pernambuco, Minas Gerais, Amazonas e Rio Grande do Sul.
A entidade denunciou, por meio de nota, que os manifestantes foram espancados e levaram spray de pimenta de policiais militares. Não é a primeira vez que Raul Jonathan havia sido detido. Em fevereiro, ele fora preso, ao lado de companheiras da direção estadual do movimento, em Olinda, nas ocupações 04 de fevereiro e Hugo Chavez.
Reivindicações - Entre as reivindicações do MNLM estão o aumento dos recursos do Minha Casa Minha Vida; uma política efetiva e recursos para regularização fundiária, com aquisição de terrenos e imóveis para moradia popular, além da garantia de direitos das famílias ameaçadas de despejo.
Além disso, o MLNM também exige a demissão do Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que, de acordo com manifestação da entidade, vem extorquindo a população e impedindo o desenvolvimento do País com a taxa de juros abusiva e criminosa; assim como o fortalecimento dos bancos públicos e reestatização de empresas privatizadas. A entidade está convicta de que o Governo Lula só conseguirá ser mantido através da mobilização popular. De acordo com esse trecho de sua nota oficial:
"Por fim, afirmamos que a truculência, o fascismo e a repressão, que tem o intuito de criminalizar e minar a luta pela reforma urbana, pela soberania nacional e pela garantia das condições de sobrevivência do povo, para entregar o patrimônio nacional ao capital financeiro internacional, não vai nos intimidar e nos tirar das ruas".
"Muito longe disso, o MNLM convoca as organizações populares, os sindicatos e partidos de esquerda, a somarem força conosco e intensificar a mobilização popular nas ruas desse país, pois o fascismo, o neoliberalismo, a especulação imobiliária, os latifundiários, o agronegócio e o capital financeiro, só podem ser derrotados de maneira efetiva e o governo Lula só será mantido, com a classe trabalhadora em estado de permanente mobilização".