A teoria do estresse de minorias explora o impacto do estresse na saúde mental de grupos minoritários, como a comunidade LGBTQIAP+.
O psicólogo Carlos Santos, que é Presidente da ONG ARCO LGBTQIAP+ explica que “segundo a teoria, o estresse crônico vivido por minorias é resultado de fatores sociais e ambientais, como o preconceito institucionalizado, a violência, a falta de representatividade, a falta de apoio e a marginalização.” Esses fatores, combinados com as pressões diárias da vida, podem levar a problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade, transtornos de estresse pós-traumático e pensamentos suicidas, explicou o profissional.
Ele destaca que o estresse “É um problema social. Pessoas LGBTQIAP+ enfrentam exclusões sucessivas em suas trajetórias de vida; e são essas violências que vão fazendo com que elas internalizem o medo de, a qualquer momento e em qualquer lugar, sofrerem algum ataque.”
Santos explica ainda que, a partir dessa compreensão, “é importante ressaltar que a teoria do estresse de minorias não coloca a responsabilidade pela saúde mental desses grupos apenas em suas próprias mãos, mas sim enfatiza a importância de mudanças sociais e políticas para diminuir o estresse crônico que enfrentam; e garantir sua dignidade e bem-estar social.”
Atualmente o profissional coordena o PsiTá-On, projeto da ONG Arco onde 13 voluntários profissionais da psicologia atendem de forma on-line e gratuita 28 pessoas LGBTQIAP+ de 04 estados do Brasil.
O estresse de minorias é um problema sério que afeta a saúde mental das pessoas LGBTQIAP+. “É importante que medidas sejam tomadas para combater esse problema, incluindo a criação de espaços seguros para pessoas LGBTQIAP+ se conectarem e se apoiarem, bem como o acesso a recursos de saúde mental acessíveis e sensíveis à diversidade sexual e de gênero, como por exemplo é o projeto PsiTá-On. Ao apoiar as pessoas LGBTQIAP+ em suas vidas diárias, podemos ajudá-las a enfrentar o estresse de minorias e promover uma sociedade mais saudável e inclusiva para todos, todas e todes”, completou.
Para mais informações sobre questões LGBTQIAP+ você pode conferir a página da ONG Arco no Instagram: @ong.arco e também encontrar o profissional na mesma rede, @santto.carlos