Aassessora especial de Participação Social e Diversidade do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Anna Karla Pereira, participou de uma audiência pública promovida pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, em que afirmou que a presença da polícia e de câmeras de segurança nas instituições de ensino reduz o problema ao imediatismo. Anna Karla Pereira representou o MDHC na audiência ocorrida nesta semana com o objetivo de encontrar propostas de melhoria da segurança escolar, após os episódios recentes de ataques ocorridos em escolas e creches brasileiras.
Na ocasião, a assessora especial ressaltou que o Brasil é um país de passado violento e que a questão é historicamente marcada por casos que envolvem diversos tipos de violência. “Nossas relações sociais são marcadas pelo descaso e pela violência, isso atravessa nossa história enquanto país. Falar da violência que vivenciamos hoje nos faz responsáveis por olhar a construção dessa sociedade”, salientou.
Para Anna Karla Pereira, faz-se necessário desradicalizar o discurso diante do momento pelo qual passa o país. “Pensar que a gente vai resolver a violência nas escolas apenas colocando policiais e câmeras de segurança é reduzir um problema histórico a uma solicitação simplista de emergência que não dá conta das problemáticas que vamos enfrentar nos próximos anos”, finalizou Anna Karla.
A sessão, presidida pela senadora Teresa Leitão (PT-CE), foi a segunda do ciclo de debates da Comissão do Senado com o objetivo de discutir estratégias de prevenção de ataques a instituições de ensino. “Foi um encontro muito rico, a questão precisa ser tratada assim com foco e objetividade além do trabalho articulado”, disse a parlamentar ao encerrar a audiência pública.
O MDHC faz parte do grupo de trabalho interministerial criado pelo governo federal e coordenado pelo ministério da Educação que visa discutir e trazer propostas concretas que diminuam os discursos de ódio entre estudantes e ajudem a prevenir e evitar episódios violentos. Segundo o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, uma das contribuições a esse respeito virá de um relatório sobre específico sobre o assunto a ser elaborado de forma emergencial pelo Grupo de Trabalho de combate ao discurso de ódio no âmbito da Pasta.
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