Neste mês da mulher vamos tratar de um assunto que muita gente desconhece: a urologia feminina ou uroginecologia.
A urologia feminina diagnostica e trata de condições urológicas do público feminino. Podemos citar como principais patologias: incontinência urinária, infecção urinária de repetição, bexiga hiperativa e prolapsos pélvicos (a famosa bexiga baixa).
“Homens e mulheres diferem biologicamente e precisam de ações específicas na área da saúde urinária e reprodutiva.
Portanto, fez-se necessário um olhar clinicamente diferenciado para trabalhar os dois grupos”, esclarece o médico urologista Heron Schots
O médico Heron Schots faz um breve resumo de cada condição:
Incontinência urinária: ocorre quando há perda involuntária de urina, geralmente durante atividades como tossir, espirrar, rir, ou durante o exercício físico.
Infecção urinária de repetição: é uma condição em que uma pessoa apresenta infecções do trato urinário (ITU) frequentes e recorrentes, geralmente, 3 episódios no último ano.
Bexiga hiperativa: é uma condição em que a bexiga se contrai com frequência e de forma inesperada, causando uma necessidade urgente de urinar. Essa condição pode causar perda involuntária de urina, conhecida como incontinência urinária de urgência.
Prolapsos pélvicos: é uma condição em que os órgãos pélvicos, como a bexiga, útero ou reto, deslocam-se de sua posição normal e descem para a cavidade vaginal
Os órgãos do aparelho urinário do homem da mulher são iguais, mas, a anatomia difere, neste caso, algumas doenças são mais suscetíveis em um gênero em relação ao outro. A incontinência urinária e a bexiga hiperativa, conforme descrição acima, são as mais típicas desta diferenciação anatômica.
Homens e mulheres têm os órgãos urinários iguais em quantidade: dois rins, dois ureteres, uma bexiga, uma uretra. Para se ter uma ideia, a uretra do homem tem tamanho médio de 15cm a 20cm, já da mulher, entre 4cm e 5cm, ou seja, facilita infecções urinárias, tendo em vista que bactérias presentes do ânus, vulva e vagina podem migrar até a bexiga mais facilmente.
“Em muitos casos há uma abordagem multidisciplinar entre o urologista e o ginecologista”, frisa Schots.
O exame mais solicitado na urologia feminina é o Estudo Urodinâmico, cuja finalidade é avaliar o funcionamento da bexiga em vários aspectos.