Nos dias 17 e 19 de março, o Teatro Barreto Júnior, no bairro do Pina, no Recife, recebe o espetáculo `Negras Aboto’. A programação, realizada dentro do Mês da Mulher, tem como proposta apresentar, por meio da dança e música, a ancestralidade, raizes e ligações sobre os corpos femininos negros. Ao todo, 19 mulheres negras da periferia, ligadas aos terreiros de religiões de matriz africana, compõe a peça. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$10 (meia), e podem ser adquiridos através do Site.
O espetáculo tem como protagonista as dançarinas Raquel Araújo e Islene Martins. Juntas, elas trazem ao palco mitos e forças dos orixás: Oxum e Xangô, embaladas pelos movimentos inspirados na salsa e nas danças de culturas afro-brasileiras. A poesia também será marca principal da peça, com textos da poetisa Edgleice Barbosa. A peça tem duração de uma hora e é dividida em duas partes. Na primeira etapa, o público contempla a apresentação, e, em seguida, acontece um bate-papo especial com as integrantes do espetáculo, com espaço para perguntas e respostas da plateia.
O projeto, que tem o incentivo do Governo do Estado, por meio dos recursos do Funcultura, terá, ainda, a participação de sete percussionistas, negras, de várias áreas da região metropolitana. São elas: Carminha de Xangô, 37 anos; Josy Caldas, 29 anos; Barbará Regina, 32 anos; Marianne Costa, 34 anos; Gabriela Moura, 29; Aryanne Vieira, 27 anos; e Lu Mattos. No palco, elas vão comandar o repertório que vai embalar a apresentação. Também se soma ao grupo as poetisas Edgleice Barbosa, 42 anos; e Pollyanne Carlos, 34 anos.
A narrativa nasceu dos questionamentos sobre o papel das mulheres dentro do contexto contemporâneo, no contexto da música, da dança, e dos constantes ataques à sexualidade feminina imposta pelo machismo. “Poder levar este espetáculo para o público é uma forma de mostrar a força de todas nós, mulheres pretas e periféricas, muitas das vezes subestimadas pela nossa cor, talento e coletividade. É preciso, de uma vez por todas, que a sociedade reconheça e respeite a mulher preta, de comunidade, dando oportunidades, voz e garantindo a participação delas onde elas quiserem” destaca Islene Martins, produtora cultural e coordenadora do projeto.
Para Raquel Araújo, produtora cultural e uma das atrizes principais do espetáculo, é preciso fazer a sociedade refletir sobre a importância que nós, mulheres, negras e periféricas, temos para o nosso País. “ É necessário construir o principio da coletividade em favor de nós, aproximando comunidades diversas, como estudantes, historiadores, povos de terreiro, coletivos negros, feministas negras, artistas, fazedores culturais, instituições articuladas, como forças de apoio e encorajamento. Sem dúvidas, juntas podemos mais ", diz.
Além das exibições no teatro, conteúdo também ficará disponível na página do projeto, no canal do Youtube: https://www.youtube.com/@negrasaboto
Sobre o elenco do espetáculo
Raquel Araújo, 49 anos, é produtora cultural e fazedora cultural, educadora social, educadora física, artesã e trancista. Além disso, acumula larga experiência com movimentos sociais, e culturais do Recife. Ela iniciou sua trajetória artística, por meio da dança popular. Destaques para formação que recebeu na Frevo com Nascimento do Passo, grupo de dança da Fundação Guararapes, BACNARÉ (Balé de Cultura Negra do Recife) com Mestre Ubiracy Ferreira. Foi lá que identificou-se com o balé. Sua habilidade embalada pelos sons e movimentos a projetaram da periferia do Recife para o mundo. Com mais de três décadas de carreira, já participou de importantes eventos culturais em várias regiões e fora do estado, como Janeiro de Grande Espetáculo, Pernambuco em Dança, Mostra Brasileira de Dança, por exemplo. Além disso, já esteve em palcos internacionais com apoio do Conselho Internacional de Festivais Folclóricos e Artes Tradicionais - CIOFF e da Companhia Trapiá de dança, grupo Onda do Frevo, levando a cultura pernambucana em turnê pela China, Itália, Espanha e Argentina. Em 2007, foi eleita Rainha do Carnaval do Recife, ano em que o frevo completou 100 anos. Atualmente, é voluntária da área pedagógica da ONG Cores do Manhã, no Totó, e também atua na instituição Florescer da Casa Rosa, no bairro da Mustardinha. Nos dois espaços desenvolve atividades culturais para crianças, jovens e adultos, com foco nas aulas de coco de roda, do maracatu, do afoxé, samba de roda e frevo.
Já Islene Martins, de 28 anos, iniciou sua vida artística aos 10 anos, ocupando os palcos como dançarina de desfiles e shows de dança de salão. Em seguida, ingressou no ballet clássico, o jazz e a dança contemporânea. Em meio a esse tempo, também atuou como educadora social de dança. Aos 20 anos começou sua formação em dança popular e afro através do grupo Bacnaré - Balé de Cultura Negra do Recife. Em 2016, se formou como psicóloga, o que agregou muito em seus trabalhos como oficineira, professora, bailarina e pensadora antirracista. Dois anos depois, ingressou em um projeto internacional, que circulou pela Europa e Oriente Médio. Atualmente, ela é fluente em quatro idiomas: Inglês, Italiano e Espanhol além do Português. Em meio a jornada, também descobriu-se empreendedora, no qual fundou o Ateliê Amor Aboto, que traz a arte nos mitos dos orixás como arteterapia.
Nos dias 17 e 19 de março, o Teatro Barreto Júnior, no bairro do Pina, no Recife, recebe o espetáculo `Negras Aboto’. A programação, realizada dentro do Mês da Mulher, tem como proposta apresentar, por meio da dança e música, a ancestralidade, raizes e ligações sobre os corpos femininos negros. Ao todo, 19 mulheres negras da periferia, ligadas aos terreiros de religiões de matriz africana, compõe a peça. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$10 (meia), e podem ser adquiridos através do Site.
O espetáculo tem como protagonista as dançarinas Raquel Araújo e Islene Martins. Juntas, elas trazem ao palco mitos e forças dos orixás: Oxum e Xangô, embaladas pelos movimentos inspirados na salsa e nas danças de culturas afro-brasileiras. A poesia também será marca principal da peça, com textos da poetisa Edgleice Barbosa. A peça tem duração de uma hora e é dividida em duas partes. Na primeira etapa, o público contempla a apresentação, e, em seguida, acontece um bate-papo especial com as integrantes do espetáculo, com espaço para perguntas e respostas da plateia.
O projeto, que tem o incentivo do Governo do Estado, por meio dos recursos do Funcultura, terá, ainda, a participação de sete percussionistas, negras, de várias áreas da região metropolitana. São elas: Carminha de Xangô, 37 anos; Josy Caldas, 29 anos; Barbará Regina, 32 anos; Marianne Costa, 34 anos; Gabriela Moura, 29; Aryanne Vieira, 27 anos; e Lu Mattos. No palco, elas vão comandar o repertório que vai embalar a apresentação. Também se soma ao grupo as poetisas Edgleice Barbosa, 42 anos; e Pollyanne Carlos, 34 anos.
A narrativa nasceu dos questionamentos sobre o papel das mulheres dentro do contexto contemporâneo, no contexto da música, da dança, e dos constantes ataques à sexualidade feminina imposta pelo machismo. “Poder levar este espetáculo para o público é uma forma de mostrar a força de todas nós, mulheres pretas e periféricas, muitas das vezes subestimadas pela nossa cor, talento e coletividade. É preciso, de uma vez por todas, que a sociedade reconheça e respeite a mulher preta, de comunidade, dando oportunidades, voz e garantindo a participação delas onde elas quiserem” destaca Islene Martins, produtora cultural e coordenadora do projeto.
Para Raquel Araújo, produtora cultural e uma das atrizes principais do espetáculo, é preciso fazer a sociedade refletir sobre a importância que nós, mulheres, negras e periféricas, temos para o nosso País. “ É necessário construir o principio da coletividade em favor de nós, aproximando comunidades diversas, como estudantes, historiadores, povos de terreiro, coletivos negros, feministas negras, artistas, fazedores culturais, instituições articuladas, como forças de apoio e encorajamento. Sem dúvidas, juntas podemos mais ", diz.
Além das exibições no teatro, conteúdo também ficará disponível na página do projeto, no canal do Youtube: https://www.youtube.com/@negrasaboto
Sobre o elenco do espetáculo
Raquel Araújo, 49 anos, é produtora cultural e fazedora cultural, educadora social, educadora física, artesã e trancista. Além disso, acumula larga experiência com movimentos sociais, e culturais do Recife. Ela iniciou sua trajetória artística, por meio da dança popular. Destaques para formação que recebeu na Frevo com Nascimento do Passo, grupo de dança da Fundação Guararapes, BACNARÉ (Balé de Cultura Negra do Recife) com Mestre Ubiracy Ferreira. Foi lá que identificou-se com o balé. Sua habilidade embalada pelos sons e movimentos a projetaram da periferia do Recife para o mundo. Com mais de três décadas de carreira, já participou de importantes eventos culturais em várias regiões e fora do estado, como Janeiro de Grande Espetáculo, Pernambuco em Dança, Mostra Brasileira de Dança, por exemplo. Além disso, já esteve em palcos internacionais com apoio do Conselho Internacional de Festivais Folclóricos e Artes Tradicionais - CIOFF e da Companhia Trapiá de dança, grupo Onda do Frevo, levando a cultura pernambucana em turnê pela China, Itália, Espanha e Argentina. Em 2007, foi eleita Rainha do Carnaval do Recife, ano em que o frevo completou 100 anos. Atualmente, é voluntária da área pedagógica da ONG Cores do Manhã, no Totó, e também atua na instituição Florescer da Casa Rosa, no bairro da Mustardinha. Nos dois espaços desenvolve atividades culturais para crianças, jovens e adultos, com foco nas aulas de coco de roda, do maracatu, do afoxé, samba de roda e frevo.
Já Islene Martins, de 28 anos, iniciou sua vida artística aos 10 anos, ocupando os palcos como dançarina de desfiles e shows de dança de salão. Em seguida, ingressou no ballet clássico, o jazz e a dança contemporânea. Em meio a esse tempo, também atuou como educadora social de dança. Aos 20 anos começou sua formação em dança popular e afro através do grupo Bacnaré - Balé de Cultura Negra do Recife. Em 2016, se formou como psicóloga, o que agregou muito em seus trabalhos como oficineira, professora, bailarina e pensadora antirracista. Dois anos depois, ingressou em um projeto internacional, que circulou pela Europa e Oriente Médio. Atualmente, ela é fluente em quatro idiomas: Inglês, Italiano e Espanhol além do Português. Em meio a jornada, também descobriu-se empreendedora, no qual fundou o Ateliê Amor Aboto, que traz a arte nos mitos dos orixás como arteterapia.
Ficha Técnica:
Coordenação Geral: Islene Martins.
Direção Geral: Raquel Araújo.
Coreografia: Islene Martins / Raquel Araújo.
Dançarinas: Islene Martins / Raquel Araújo.
Consultoria Coreográfica e Dramaturgia: Valéria Vicente.
Poetisas: Edgleice Barbosa / Pollyanne Carlos.
Musicistas: Aryanne Vieira / Bárbara Regina / Carminha de Xangô / Gabriela Cristina / Josy Caldas / Lu Mattos / Marriane Costa.
Cantora convidada: Isaar França.
Figurino e adereços: Samuel Araújo.
Adereços adicionais: Oficina Orun.
Hairstylist: Odara Onídìrí
Cenografia: Cora Fagundes.
Intérpretes de Libras: ngela Maria / Simone Lyra.
Fotografia: Pedro Raiz.
Assessor de Comunicação e Imprensa: Salatiel Cícero.
Fotógrafo convidado: Fernando Azevedo.
Equipe Audiovisual: Estúdio Lives.
Assistente Técnico de Produção: Andrea Lima.
Produtora Executiva: Selene Caetano.
Apoio: Espaço Cultural Socorro Raposo / Paço do Frevo
Serviço
O quê: Espetáculo 'Negras Aboto' estreia em março, no Teatro Barreto Junior, no Recife
Quando: Dias (17) sexta-feira e (19) domingo, de março de 2023
Onde: Teatro Barreto Júnior, rua Estudante Jeremias Bastos, bairro do Pina, Recife
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)