Sabe aquela história do "Telefone sem Fio"? Foi o que aconteceu nos últimos dias no Brasil.
Um aplicativo de serviços ameaçou ir embora da Espanha e realmente pegou o beco após aquele país anunciar regulamentação para profissionais de aplicativo. Só que a referida empresa não era a Uber, mas uma concorrente dela.
Detalhe: começaram a dizer que a Uber havia saído da Espanha e iria sair do Brasil caso houvesse a regulamentação para os profissionais de aplicativo, como motoristas e entregadores.
Eis que o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, falou que se o Uber sair do Brasil, o País poderia contar com a logística da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e o que choveu de memes não foi brincadeira.
Mas vamos explicar por A + B como pode vir a ser essa história de regulamentação dos trabalhadores de aplicativo. Em um encontro com influencers e comunicadores da imprensa alternativa, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “As empresas de aplicativos precisam ser reguladas, numa nova relação mercado, capital e trabalho, porque se não os trabalhadores estão quase se colocando como escravos”.
Isso porque profissionais como motoristas e entregadores não têm os direitos de um trabalhador CLT. Se acontecer um acidente, por exemplo, o profissional fica desassistido e menos de 25% desses trabalhadores têm previdência. Nisso, foi assinado um manifesto nacional, que defende a criação de regras de trabalho para a mão de obra que atua com as plataformas digitais.
Pra que não haja "telefone sem fio" com um assunto de importância como esse, é preciso prestar atenção nas informações que chegam. A regularização é fundamental, pois além de dar assistência a motoristas e entregadores, também vai melhorar a prestação desses serviços para o consumidor final.