Em um ato simbólico de compromisso com a vacinação, o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, recebeu dose de reforço contra covid-19, aplicada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin. A vacinação de pessoas dos grupos prioritários marcou o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação hoje (27/2), no Centro de Saúde do Guará, em Brasília.
O evento dá início à aplicação de reforço com a vacina bivalente contra covid-19 nos grupos prioritários — profissionais de Saúde, idosos acima de 70 anos, indígenas e riberinhos, pessoas com deficiência, imunodeprimidas, gestantes e mulheres no pós-parto.
“É um movimento em defesa da vida, união e reconstrução. Viva o SUS e viva a volta do Zé Gotinha!”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que destacou a presença do presidente, da primeira-dama Janja, do vice-presidente Geraldo Alckmin e da governadora Celina Leão, unidos pela vacinação.
Aos 83 anos, a idosa Dete Pessoa da Silva foi a primeira a receber o imunizante, aplicado pela técnica de Enfermagem Fátima Lúcia Rola, que também vacinou a gestante Taís Lima. O idoso João da Silva, 90, foi vacinado pela enfermeira Luciana Barbosa, e a idosa Fátima Carvalho, 70, foi vacinada pelo filho, o secretário de atenção primária do Ministério da Saúde, Nésio Fernandes.
Aos 77 anos, o presidente Lula foi imunizado pelo vice-presidente, o médico Geraldo Alckmin. É a 5ª dose do presidente. “Eu tomo vacina porque eu gosto da vida”, disse Lula, garantindo que tomaria a 6ª, a 7ª e quantas doses de reforço forem necessárias.
Enfermagem na vacinação – O presidente destacou o papel dos profissionais de Enfermagem na aplicação das vacinas. “O Brasil já foi o país campeão mundial de vacinação. Era respeitado no mundo pela capacidade e pela qualidade de nossas enfermeiras e nossos enfermeiros, [capazes] de dar a injeção [de vacina] em todo povo brasileiro”, afirmou o presidente, lembrando que na epidemia de gripe H1N1, em 3 meses, foram vacinadas 80 milhões de pessoas.
“Eu queria fazer um apelo a cada mãe, a cada avó, a cada pai, a cada avô, toda criança que está aqui que a gente não acredite no negacionismo, que a gente não acredite nas bobagens que se faz fala sobre a vacina”, afirmou. “Tomar vacina é um gesto de responsabilidade”.
Vacinação em queda – O SUS é referência em vacinação, oferecendo um dos calendários mais completos de vacinação gratuita do mundo. Entretanto, nos últimos anos, as taxas de vacinação no Brasil voltaram a níveis alarmantes, comparáveis à década de 1980. 84% dos municípios estavam classificados como de “alto risco” e “muito alto risco” para retorno da poliomielite (paralisia infantil) em 2022, segundo dados do Ministério da Saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda cobertura vacinal de pelo menos 95% da população infantil. A vacinação das crianças e frequência escolar voltou a ser obrigatória para cadastro no Bolsa Família. A exigência havia sido abolido no Auxílio Brasil, do governo Bolsonaro.
Imprensa Cofen