O Hospital Miguel Arraes (HMA/FGH) está entre as 74 instituições de saúde que colaboraram com dados para o artigo “Sepse em serviços de emergência brasileiros: um estudo observacional multicêntrico prospectivo” publicado este mês pela Springer Nature, uma das maiores editoras de livros acadêmicos do mundo, na Internal and Emergency Medicine Journal, uma revista europeia dedicada à ciência e à prática da medicina interna e de emergência. A unidade, localizada em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, é uma das duas de Pernambuco que aparecem entre os serviços de emergência participantes, juntamente com o Hospital Universitário de Petrolina (HU).
O objetivo do artigo, de autoria de pesquisadores de São Paulo e de Pittsburgh, nos Estados Unidos, foi avaliar a prevalência, a adequação da alocação de pacientes e a mortalidade de adultos com sepse em setores de emergência brasileiros. De acordo com o estudo, a sepse exerce alta carga de mortalidade nos pronto-socorros brasileiros com alocação frequentemente inadequada. Fatores modificáveis, como recursos e qualidade do atendimento, estão associados à redução da mortalidade.
A colaboração do HMA aconteceu a partir da coleta de dados realizada na Emergência no ano de 2017, com a participação das equipes médica, de enfermagem e do laboratório.
“Procuramos envolver nossos profissionais da assistência para contribuir com esse estudo, atendendo à indicação de uma investigação de três dias de prevalência de pacientes com sepse. Foi muito importante o compromisso de cada um para que pudéssemos levantar os dados e enviar aos pesquisadores, cooperando para reduzir os índices de sepse nas emergências, que hoje tem incidência crescente e é responsável por um elevado número de óbitos”, destaca Cátia Arcuri Branco, coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH/HMA) e responsável pelo envio dos dados.
Segundo o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), a sepse é uma das maiores causas de mortes em todo o mundo. Estima-se que, todos os anos, 11 milhões de pessoas morrem por sepse, tornando a doença reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema de saúde pública mundial. A escolha para colaborar na avaliação da prevalência de sepse e choque séptico em serviços de urgência de hospitais nas diferentes regiões geográficas brasileiras, e assim reduzir os índices de letalidade, faz do Hospital Miguel Arraes um diferencial dentre as unidades de saúde públicas de Pernambuco.
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Com informações da jornalista Iana Gouveia
