Primeiro mês do ano, janeiro é época de colocar as contas na ponta do lápis e analisar as possibilidades para adquirir ou renovar bens, como os automóveis. Uma das opções para quem deseja trocar de carro são os seminovos, categoria que tem ganhado cada vez mais adeptos, com aquecimento crescente desde 2020.
A boa notícia é que os preços destes veículos têm tudo para cair consideravelmente em 2023, em uma tendência que inicia no mercado norte-americano, com grandes chances de se estender pelo Brasil. De acordo com um relatório elaborado pela consultoria J.P. Morgan Research, os valores dos carros usados atingiram o pico mais alto no início do ano passado e podem cair entre 10% e 20% em 2023.
A previsão faz sentido quando se recorda a alta dos preços dos carros 0 KM, o que acaba afastando parte do público consumidor, e reforça ainda mais a impressão do mercado nacional, que avalia um cenário estável para as vendas de seminovos ao longo dos próximos 12 meses, com alguns tipos específicos em maior vantagem.
"A procura pelos utilitários esportivos, os famosos SUVs, está cada vez maior, mas o carro popular ainda é o mais vendido, aqueles econômicos e que oferecem mais itens de série", detalha Carolina Griz, diretora de seminovos do Grupo Parvi em Pernambuco.
Ela acrescenta que a venda de seminovos continua constante neste período mais ameno da pandemia de covid-19, com procura seguindo alta. "E o que os clientes mais levam em consideração na hora da compra é a procedência. Pontos como custo-benefício, expectativa de uso, taxas de juros e preço são fundamentais e também os mais analisados por quem procura por estes carros".
*E QUEM QUER VENDER?*
Para quem está do outro lado do negócio e pretende vender seu veículo com alguns quilômetros já rodados, Carolina Griz afirma que os detalhes analisados devem ser praticamente os mesmos, para que a transação seja satisfatória para os dois lados.
"O estado de conservação do veículo é de extrema importância, porque ajuda a se ter ideia de desempenho e tempo de vida útil pela frente. Além, claro, da expectativa de preço. Atualmente o mercado está bastante competitivo. Aqui, por exemplo, optamos por ofertas mensais para atender todos os públicos, independentemente da época do ano. Basta ficar atento às oportunidades".
