Nas viagens que Lula vem fazendo na América Latina - Argentina e Uruguai, ele tá chamando o Impeachment de Dilma Rousseff (2016) de "Golpe de Estado". Comentaristas de jornais tradicionais e emissoras de TV classificam isso como absurdo e insistem que o Impeachment não foi golpe de estado.
Mas tipo, foi golpe ou não foi?
Antes de responder essa questão, vamos por partes:
O processo de Impeachment passa por alguns ritos, entre eles, a votação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Isso já havia ocorrido em 1992, com o ex-presidente Collor, que renunciou ao cargo em 29 de dezembro de 1992, antes do julgamento dos senadores e ficou oito anos inelegível.
Dilma, por sua vez, embora afastada da Presidência, não perdeu os direitos políticos e se candidatou ao Senado Federal por Minas Gerais, em 2018. Desde então, não candidatou-se mais a cargos políticos, mas sempre que aparece em público, é saudada pelo povo.
E ressaltando, ela não cometeu crime algum. E não é o blog que tá dizendo isso, é o Ministério Público Federal e o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), e você pode ver aqui e também aqui. Tudo arquivado por falta de provas.
Ah, e teve ministro do Supremo Tribunal Federal que também afirmou que era Golpe de Estado. E já em 2016, juristas afirmaram que não havia crime algum.
Voltando ao assunto principal, o ex-presidente Temer, que assumiu o poder após o afastamento de Dilma, apressou-se a dizer nos últimos dias que não houve golpe de estado.
Mas o mesmo Michel Temer, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, chamou o processo de golpe de estado. Ué...
Em vez de mostrar links, vamos mostrar três vídeos onde o ex-presidente faz essa afirmação...
"Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe"
"Eu não era, digamos, adepto do golpe"
"O ex-presidente chamou de golpe o impeachment sofrido pela Dilma"
Em outras palavras: se a ex-presidenta foi inocentada, se o sucessor dela falou em golpe, se o Presidente Lula fala em golpe e se isso trouxe consequências danosas para a Democracia Brasileira...