Definitivamente, a obesidade é um problema de saúde mundial que se agravou bastante com a pandemia e a impossibilidade de sair de casa. Muitos ganharam peso naquela época e até hoje não conseguiram reverter o quadro.
Um dado alarmante é que o Brasil deve ter quase 30% de adultos obesos em 2030, segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2022. A pesquisa foi realizada pela Federação Mundial da Obesidade, organização voltada para a redução e o tratamento da doença. Caso a projeção do atlas se confirme, o Brasil será o 4º país com maior número total de pessoas com excesso de peso.
Com a obesidade, aumentam os índices de hipertensão, diabetes e outros males correlatos. Assim, especialistas trabalham sempre com o objetivo de reverter esse aumento de peso populacional, buscando medicamentos, novas dietas e orientação nutricional que possam contribuir na diminuição desses índices alarmantes. As campanhas de saúde anuais também são voltadas à educação da população e sua relação com o alimento.
Segundo o médico Diego Pascaretta, nutrólogo especializado na redução de peso, esta semana foi aprovado um medicamento aprovado pela Anvisa, para sobrepeso e obesidade, que permite redução média de 17% de peso. A droga em questão é a semaglutida, com nome comercial de ozempic, a qual no Brasil só havia indicação para tratamento da diabetes. Como a obesidade é uma doença de difícil controle, as dosagens da droga em questão seriam muito maiores do que as doses máxima do ozempic. Então, criou-se um medicamento com a mesma droga, mas com outro nome comercial, o Wegovy, porém, com doses bem maiores (até 2,4mg por aplicação).
Atualmente, é a medicação antiobesidade com melhor controle de peso e menos riscos. Seu uso só pode ocorrer sob prescrição de médico especialista na área. Vale ressaltar que a perda de peso é mais comportamental do que medicamentosa. O remédio é um auxílio. Mas, efetivamente, o indivíduo precisa fazer sua parte em questão de reeducação alimentar e ingerir porções menores nas refeições.