O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Pernambuco deu sinais de estremecimento no começo deste ano. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), em janeiro a percepção recuou 2,7 pontos e atingiu 54,8 pontos. Apesar do resultado se encontrar no cenário positivo, essa é a terceira queda consecutiva e tem a ver com as incertezas com relação ao novo cenário político.
Segundo o economista da FIEPE, Cézar Andrade, é natural que a cada transição de governo esse índice apresente alguma oscilação. “Desta vez, não foi diferente. Se analisarmos os dados mais profundamente, observamos que o índice relacionado ao Brasil foi o que mais despencou, na comparação com os dados do Nordeste e de Pernambuco”, disse.
No levantamento da FIEPE, o Brasil registrou 48,6 pontos, enquanto o Nordeste chegou aos 52,6 pontos em janeiro deste ano. Já no mesmo mês de 2022, a conjuntura demonstrava outra realidade: o País pontuava 55,9 pontos e o Nordeste 56,3 pontos, resultados bem acima do quadro otimista. “Isso faz com que os empresários fiquem mais reticentes quanto aos investimentos e observem mais como as pautas prioritárias do setor produtivo vão se desenrolar daqui para a frente”, comentou.
O que puxou o indicador para baixo foi o índice de ‘Condições Atuais’, que capta a avaliação dos empresários da indústria sobre a situação corrente dos negócios. Neste mês, ele recuou 3,6 pontos e voltou para o cenário de pessimismo, atingindo 49,8 pontos (abaixo dos 50 pontos). Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando marcou 51,6, o índice recuou 1,8 ponto.
Para Andrade, o ICEI de janeiro é um termômetro do que está acontecendo neste momento com a cadeia produtiva e, no decorrer do ano, esse indicativo pode mudar e apresentar novos rumos para a economia. É o que mostra o Índice de Expectativas dos empresários.
No acompanhamento dos últimos meses, de maneira geral, tem sido esse indicador que tem elevado a confiança do empresário industrial de Pernambuco, visto que tem permanecido bem acima dos 50 pontos. No mês em questão, no entanto, este índice caiu 1,2 ponto, passando de 59,5 para 58,3 pontos, mas segue acima da linha divisória de 50 pontos, revelando moderação no otimismo dos empresários locais para os próximos seis meses.
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