No município de Goiana existem ao todo 67 agentes de combate a endemias, mas 44 deles trabalham diretamente na luta contra a dengue, zika e chikungunya. São três equipes atuando na sede e outras duas nos distritos. "É um trabalho muito importante para o combate dessas doenças. Para que possa dar resultado, a população precisa também fazer a sua parte e permitir a entrada dos agentes em suas casas", disse o aposentado Arlindo Damião, morador de Goiana.
O Ministério da Saúde determina que 80% dos imóveis registrados no município sejam inspecionados. Goiana bateu essa meta e chegou em 82,83%. Esse é um dos motivos que o município, de acordo com o Ministério, está com risco baixo de proliferação do mosquito causador da dengue, zika e chikungunya. Além disso o Ministério determina que o trabalho de inspeção seja realizado em ciclos (cada ciclo dura dois meses). "É por isso que estamos sempre com nossas equipes nas ruas para manter a situação sob controle em nosso município", afirmou Gleyce Manuely, coordenadora da Vigilância Ambiental de Goiana.
Para auxiliar as equipes, é realizado em Goiana o LIRAa (Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes Aegypti). O LIRAa é uma forma de identificar as áreas da cidade com maior ocorrência de focos do mosquito e os seus criadouros. Outra medida também utilizada é o Ponto Estratégico com o objetivo de identificar os imóveis, que pela suas características, propicia a criação e dispersão ativa e passiva do mosquito Aedes aegypti. "O trabalho realizado pelos agentes de combate a endemias do nosso município é muito bem feito", declarou a aposentada Célia Gusmão, moradora de Goiana.
Apesar desse reconhecimento, a supervisora municipal de uma das equipes de agentes de combate a endemias, Maria Ivonete, relata os maiores problemas enfrentados pelos profissionais. "Encontramos muitas casas fechadas, como as de veranistas e alguns moradores muitas vezes não permitem nossa entrada no recinto".
Para o combate a dengue, zika e chikungunya, a prefeitura de Goiana disponibiliza rede de proteção para recipientes que armazenem água e o Ministério da Saúde oferece o larvicida que dura 60 dias, o tempo certo entre as inspeções necessárias em cada ciclo.
Um dos agentes de combate a endemias de Goiana, Lucas Trajano, reafirma a importância das constantes visitas. "Nosso trabalho é de conscientização e sempre conversamos com as pessoas sobre como se prevenir e o que elas devem fazer para combater o Aedes aegypti".
A agente de combate a endemias, Viviane Joaquim, conta sobre o procedimento feito por ela nessas visitas. "Procuro saber se na casa tem recipientes com água e lembro que os vasos vazios devem estar emborcados. Pergunto se na residência existe alguém com sintomas da dengue, zika e chikungunya como febre alta, mal-estar, falta de apetite, dores no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo e dor de cabeça", disse.
Caso algum morador apresente algum desses sintomas deve imediatamente procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou hospital mais próximo de sua residência.