Planejado para se tornar referência em pluralidade cultural afro-brasileira, a 3º edição do Festival Ori chega ao fim no próximo final de semana, dias 19 e 20 de novembro, com uma grande festa. Com enorme representatividade no cenário da cultura carioca, o espaço escolhido para Festa Ori foi a Fundição Progresso, berço da boemia carioca na Rua dos Arcos, 24, Lapa – Centro.
Serão dois dias de muito axê! Sábado (19), véspera de uma data representativa, conquistada através da luta dos ancestrais nas figuras de reis e rainhas, saudamos Dandara e Zumbi dos Palmares com a Festa Awurê.
O Grupo Awurê - (O termo AWURÊ faz menção e desejo de boa sorte, bênçãos e prosperidade), exalta e resgata pelo samba a importância da influência africana em nossa cultura, a ancestralidade das religiões de matriz africana e a identidade racial de um povo com o objetivo de desmistificar e valorizar a cultura negra e suas práticas religiosas, através da música, cânticos, poesia, gastronomia e dança, alcançando novos horizontes e perspectivas para a visibilidade das mais variadas expressões de cultura popular.
Grupo formado por Fabíola Machado, Arifan Jr., Anderson Quack e Pedro Oliveira resgata a ancestralidade e combate a intolerância com arte. O missturas rítmicas entre as raízes brasileiras e os toques de matrizes africanas presente em nossos cânticos, danças e ritualística. Trás no repertório: AWURÊ” (Teresa Cristina e Raul di Caprio), “FILÓ” (Khrystal / Ricardo Baya), “OYÁ OYÁ” (Arifan Jr./ Cley Santana), “PONTO DA CABOCLA DA MATA” (Luiz Antonio Simas), “POUT-POURRI SAMBA DE RODA” (Fabiola Machado / Arifan Jr. / Cláudio Gamela / Daniel Delavusca), entre outros.
Olodum - O Departamento de Cultura do Olodum, sob a mentoria do seu diretor de cultura João Jorge Rodrigues, respaldado pelos estudos do historiador e antropólogo senegalês Cheikh Anta Diop e de Joseph Ki-Zerbo, historiador de Burkina Faso, além dos ensinamentos de Abdias Nascimento e Eliza Alarkim, ousou em sustentar a ideia de um Egito negro e opulento, levando para o carnaval de Salvador um brilho e uma beleza fenomenais, transformando o grupo em um resgatador de cultura e reconstrutor de histórias.
O Rio de Janeiro, receberá em 1ª mão o show Bloco Afro Olodum apresentou no Egito, na 14ª edição do festival de jazz do Cairo, em 4/11, data que celebrou o centenário da descoberta do túmulo e dos tesouros de Turancamon, faraó cantado e celebrado em muitas das músicas do bloco afro, que exaltam e resgatam a grandiosidade das civilizações africanas, cuja história deve ser cada vez mais conhecida, sobretudo pelos países que abrigam grandes contingentes da diáspora negra. O ano de 2022 também é o ano do bicentenário do Brasil como nação independente e do bicentenário da decifração da Rosetta Stone, o que permitiu o nascimento da egiptologia e do conhecimento dessa civilização que nos influencia até hoje.
O Grupo baiano de percussão, que tem vários sucessos inspirados na cultura do país africano, celebra mais de 35 anos do sucesso "Faraó Divindade do Egito" (1987), o tão famoso "ê faraó" será a estrela da noite. Além da "epopéia do código de Geb", outras homenagens ao país, como os desfiles carnavalescos "Os tesouros de Tuthankamon" (1993), e "Akhenaton e Nefertiti", (2005), entre outros clássicos embalados pelo ritmo percussivo da percussão do Olodum, envolto nos mistérios do Antigo Egito.
Em uma rede social, o grupo disse que "zerou o jogo" ao levar a Bahia para o Egito anos depois de ter tornado o país africano um grande sucesso no carnaval baiano. "Zeramos o Game! Eu falei faraó diretamente do Egito, com direito a tambores, cantores e muita alegria. Missão cumprida, nós trouxemos o Egito a Bahia e ao Brasil", escreveu na publicação.
Nos salões da Fundição Progresso, uma feira gastronômica com diversas barracas, 27 afros expositores, exposição do artista americano Steve R. Allen - pinta em uma variedade de gêneros, desde esportes a retratos e tudo o que ele é levado a criar. Reconhecido por seu retrato forte, suas peças abstracionistas criativas e adaptáveis, e isso é reconhecido pela colocação de quatro de suas obras no Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana do Instituto Smithsonian. A primeira peça, “Freedom Journey”, é uma peça de 2009 que retrata o ex-presidente Barack Obama e o líder dos direitos civis, Martin Luther King Jr., representando figuras-chave e momentos importantes da história afro-americana
E nas carrapetas teremos DJ Filó tocando o melhor da música black, em uma mistura de ritmos que navegam pelo soul, charme, samba, reggae, afrobeat, som brasil, smoth jazz entre outros. Quem dividirá o espaço com Filó, será Nennem DJ, juntos farão dois sets relembrando o melhor dos anos 70,80 e 90.
Festa Ori - Com entrada gratuita, das 14h às 22h. Um grande encontro da comunidade negra para celebrar resistência e potência por meio de shows, exposições artísticas, workshop de tranças e penteados, espaços literários, atividades infantis e feira de afro-empreendedores (artesanato, moda e gastronomia), no total serão 37 barracas.
Nas instalações da Fundição Progresso, o coletivo Wakanda In Madureira e as redes de samba Balaio Bom, Azula e Dj Fabão farão apresentações musicais. Altay Veloso e um convidado surpresa somam à programação uma intervenção artística em homenagem ao Zumbi dos Palmares. Além disso contaremos com a parceria da Kitabu Livraria Negra, Casa AfroDai e SESC- RJ que estarão promovendo atividades no evento.
Serviço dia 19 de novembro - Sábado
Festa Awurê com participação especial de Olodum
Local: Fundição Progresso
Endereço: Rua dos Arcos, 24, Lapa – Centro.
Horário: 22Hrs
Ingresso: Ingresso:
R$ 200,00 ou R$ 100,00 levando 1kg de alimento não perecível
Faixa etária: 18 anos
Capacidade: 5.000 pessoas
Serviço dia 20 de novembro - Domingo
Festa Ori, com Wakanda In Madureira, as redes de samba Balaio Bom, Azula e Dj Fabão, Altay Veloso, expositores e muito axê
Local: Fundição Progresso
Endereço: Rua dos Arcos, 24, Lapa – Centro.
Horário: 14h às 22h
Ingresso: Gratuito
Faixa etária: Livre
Capacidade: 5.000 pessoas