Em tempos de preservação ambiental e atitude responsável, a Prefeitura do Recife vai celebrar a I Semana Municipal do Empreendedorismo com uma Feira de Brechós, ramo do vestuário que vem crescendo exponencialmente tanto pelo baixo custo, quanto pelo viés da sustentabilidade. A Feira Capibaribe, que fica no hall da Prefeitura do Recife, reunirá 15 brechós nos dias 16, 17 e 18 de novembro, das 8h às 15h. O evento foi intitulado “Feira de Brechós: Reutilizar é a Moda da Vez”.
A Semana Municipal do Empreendedorismo foi instituída por meio da Lei Municipal 18.988/22, sancionada pelo prefeito João Campos em 7 de outubro. A Lei determina que a Semana acontecerá na terceira semana de novembro. Na feira, que marca a primeira edição da Semana Municipal do Empreendedorismo, o público vai encontrar produtos de moda feminina, masculina, infantil, bolsas, sapatos, acessórios, brinquedos e barraquinhas de lanches e refeições. O evento é uma iniciativa da Secretaria de Trabalho e Qualificação Profissional por meio do programa Empreende Recife, voltado ao desenvolvimento e incentivo ao micro e pequeno empreendedor no município.
Com todas as peças passando por um rigoroso processo de curadoria e limpeza, a expectativa de receita é próxima de R$ 50 mil, durante os três dias. O evento contará também com uma ala gastronômica onde cinco expositores ofertaram opções diversas em alimentação.
Ana Paula Lins, gerente de Empreendedorismo da pasta e responsável pelo evento, aponta que a ideia de uma feira exclusiva para brechós surgiu após notar o interesse do público na moda circular, que já integra a feira do Empreende Recife na Prefeitura. “A nossa Feira de empreendedorismo já conta com um brechó. Observamos um grande interesse do público. Então decidimos realizar a I Semana Municipal do Empreendedorismo com uma feira exclusiva de brechós, alinhando, assim, empreendedorismo e moda sustentável”, explica.
A sustentabilidade não se restringe apenas a comercialização das peças. Todos os produtos vendidos durante a feira serão embalados em sacos de papel como alternativa para o não uso de sacola plástico, material que pode levar até milhares de anos para se decompor no meio ambiente.
Moda sustentável – pela enorme quantidade de material envolvido em sua produção e do descarte indevido das peças quando não são mais desejadas pelos usuários, a indústria têxtil é considerada uma das mais poluentes do mundo, responsável por cerca de 10% da produção mundial de carbono e pelo gasto anual de 1,5 bilhão de litros de água, segundo o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas. No Brasil, anualmente são produzidas cerca de 170 mil toneladas de lixo têxtil, segundo relatório do Sebrae, que aponta que 80% desse lixo é incinerado ou vai parar em lixões.
Além disso, a moda é conhecida por operar de maneira cíclica, com tendências indo e voltando. Os brechós acabam por surgir como alternativas para os problemas de descarte, sendo uma opção para quem deseja abrir espaço no guarda-roupa ou para aquele que busca uma nova peça com preço mais acessível.
lmprensa Recife