A cirurgia bariátrica cada vez mais desponta como uma das opções mais viáveis no combate a obesidade mas, por se tratar de um procedimento cirúrgico, surgem muitas dúvidas por parte dos pacientes. Nesta segunda-feira (31 de janeiro), a partir das 19h, no Hospital Esperança (7º andar do anexo 3), o cirurgião bariátrico Walter França movimenta a Reunião Multidisciplinar da Obesidade, evento gratuito, que visa esclarecer todas os questionamentos dos pacientes que tem indicação para realizar a cirurgia. Na ocasião, também haverá palestras da nutricionista, da psicóloga e da anestesista de sua equipe multidisciplinar, bem como, depoimentos de pacientes já operados.
Além de fazer uma explanação geral, o cirurgião Walter França irá repassar informações sobre o procedimento com o uso da robótica, técnica minimamente invasiva e considerada a evolução tecnológica da medicina na cirurgia da obesidade, permitindo um campo 20 vezes maior da área a ser operada e uma recuperação mais rápida ao paciente.
A cirurgia robótica já está presente nos hospitais mais renomados do mundo. O cirurgião bariátrico Walter França, foi um dos primeiros a realizar o procedimento fazendo o uso da robótica no Hospital Esperança, em Pernambuco. Com capacitação num dos mais conceituados centros de referência em Robótica, na Colômbia, o especialista utiliza o robô Da Vinci, que possui quatro “braços”, sendo três utilizados para fazer as incisões, os movimentos e o manuseio dos instrumentos. O outro “braço” do robô possui uma câmera acoplada que reproduz a imagem do local da cirurgia para o médico, que visualiza e executa os movimentos a serem replicados por Da Vinci.
A cirurgia robótica cresce de forma expressiva. A tendência é que essa técnica continue em expansão, com mais equipamentos instalados e médicos sendo habilitados para realizar o procedimento. A ferramenta oferece visualização em três dimensões (3D) do campo cirúrgico e consegue fazer movimentos de até 360º além de facilitar a intervenção em pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 50, nos casos de reoperação e nas cirurgias tecnicamente mais difíceis. Além de ampliar as imagens em 20 vezes, outro ponto positivo do procedimento é que o cirurgião permanece sentado, diferente de outras técnicas em que o médico permanece em pé, o que o ajuda a atenuar a fadiga de cirurgias de alta duração.
De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França os quilos a mais não interferem apenas na autoestima dos pacientes mas, colaboram para desencadear várias doenças como problemas cardiovasculares, câncer, depressão, hérnias, diabetes II, dermatites e dislipidemia(alteração do colesterol). Apneia do sono, incontinência urinária, disfunções hormonais e erétil nos homens, doenças articulares e do refluxo, entre outros problemas, acometem que está bem acima do peso. Hoje já é possível operar um paciente com índice de massa corpórea (IMC) partir de 30, com doenças correlatas e, como qualquer outra cirurgia, a bariátrica tem riscos, mas as doenças relacionadas ao excesso de peso, matam muito mais. “O risco de óbito numa cirurgia bariátrica é de 0,2%, já a obesidade mata 10 vezes mais”, relata o profissional.