Dentro de casa existem várias "armadilhas", que ficam mais evidentes nas férias. São objetos que podem ser colocados na boca; embalagens plásticas que podem sufocar; quedas do trocador, cama, janela ou escada; intoxicação por medicamento; quedas de bicicletas, patins e patinetes são alguns dos acidentes mais comuns que acontecem e causam traumas importantes. É importante se proteger com capacetes, joelheiras e cotoveleiras ao usar esses equipamentos.
Os responsáveis normalmente acreditam que no ambiente doméstico elas estejam protegidas e acabam por não identificar riscos em potencial e tomando providências para reduzi-los.
Outro cuidado fundamental é prevenir que a criança salte ou pule em águas escuras, sem visibilidade, perto de pedras ou em águas muito rasas. Os mergulhos durante a temporada de Verão representam a segunda causa de lesão na medula no Brasil. As lesões afetam principalmente crianças e jovens adultos.
A ONG Criança Segura confirma: nos meses de janeiro, fevereiro, julho e dezembro (pesquisa 2019) houve um aumento de 24,5% de mortes de crianças por acidentes. Acidentes são a principal causa de morte de crianças e adolescentes de 1 a 14 anos no Brasil. Em 2017, mais de 3.600 crianças morreram e outras 111 mil foram internadas por esse motivo. Neste mesmo ano, acidentes mataram 4 vezes mais crianças de 0 a 14 anos do que a violência no Brasil.
Nesse contexto, segundo o Presidente da Sbot-PE, Sociedade Brasileira de ortopedia e traumatologia, Eduardo Queiroz, um equívoco muito comum em viagens para cidades menores é dispensar o uso do cinto de segurança, permitir que os filhos andem no banco da frente, pois os pais acreditam estarem em ambientes de menor risco. De acordo com a legislação brasileira, até os 10 anos, as crianças devem ser transportadas no banco traseiro e usando cinto de segurança. Até os sete anos, elas devem usar cadeirinhas específicas para peso e idade. É preciso ter cuidados com as crianças sempre, principalmente nas férias!