Espetáculo que estreou em versão online e ao vivo em novembro de 2020 e cumpriu curta temporada em fevereiro deste ano, volta em únicas sessões nos dias 23 e 24 de outubro. David Bowie foi a principal inspiração do personagem. Porém, outros astros do rock britânico e americano dos anos 60 e 70, como Lou Reed, Jim Morrison, Bob Dylan e The Rolling Stones, além do lendário fotógrafo Mick Rock, também estão entre as influências da montagem.
Inclusive, referência a autores, como Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Samuel Beckett; e filmes como “SHOT! O Mantra Psico-Espiritual do Rock”, de Barney Clay; e “Encontros e Desencontros”, de Sofia Coppola, também estão presentes. “Esse espetáculo fala sobre um individuo só (mesmo cercado de muitos), tomado de questões acumuladas ao longo de uma vida.
Esse momento da vida, em que se abre uma fresta (como que estamos passando em escala mundial!), e podemos acompanhar os minutos de extrema potência em que tudo pode ser visto de “um novo lugar. Seguir, fazer, reinventar a própria vocação por meio de novas e antigas companhias”, comenta Paulo Azevedo.
Sobre a encenação - A encenação se apropria do conceito de que o protagonista é o agente da cena. Acompanhamos o seu fluxo de pensamento no trânsito intenso entre os espaços de "fora" (realidade, o cotidiano) e o de "dentro" (o imaginário, o desejo, onde suas ideias e pensamentos se realizam com extrema liberdade).
Como na performance, o jogo cênico é revelado a todo instante, temos um intérprete que, por vezes, canta, dubla ou apenas acompanha a tradução projetada em vídeo das canções e das rubricas (como uma ordem suprema para o performer, numa metáfora da presença do autor/diretor) - reflexões focadas no ser humano por trás do "artista/herói".
O desvelar dos bastidores de uma criação aponta para um relato formado por muitas vozes. Os limites entre o que é real e o que é imaginário enriquecem o essencial: compor uma obra cênica compartilhada “com” e construída “para” o espectador.
Mais que escrever uma peça teatral, o autor buscou criar algo como uma entrevista com um artista. Por isso, a audiência assume um papel: a de jornalistas em uma coletiva de imprensa com o astro do rock, criando um jogo entre a ator e o espectador.
A trilha sonora traz composições originais e releituras de clássicos do rock, criadas por Barulhista, a partir da seleção musical de Paulo Azevedo. As cenas foram pensadas como faixas de um álbum, com títulos e minutagem, na qual as letras das músicas pontuam determinados momentos da narrativa. Alguns dos títulos vieram de nomes de canções de rock stars que inspiraram a obra.
“Atravesse para o outro lado”; “Onde Estamos Agora?”; e “Voltando à Vida” são alguns deles. As letras das canções são também dramaturgia. Foram escolhidas a dedo. Por isso, a tradução em português é projetada pra que a audiência possa solfejar em inglês. Para que ao mesmo tempo, possa senti-la em nossa jovem língua mãe.
A trilogia - A “Trilogia Solo” é idealizada, escrita e dirigida por Paulo Azevedo sobre a relação entre o teatro e outras áreas afins - a música (“HERÓIS”), as artes plásticas (“PASSE-PARTOUT”) e o rádio/masculinidades (“FORA DO (M)AR”). Compõe a cena como um reflexo do impacto das questões contemporâneas nos indivíduos com uma linguagem baseada na confluência do teatro com a música, a literatura, as artes plásticas, o audiovisual e o rádio.
Em comum, personagens que tornam o espectador cúmplice da própria condição universal do ser humano de estar em constante adaptação e vulnerabilidade diante das transformações da sociedade. Além disso, trazem um olhar aguçado e poético sobre o cotidiano, as contradições do ser urbano e seus conflitos, sem perder de vista um humor refinado e a poesia.
O blog Suacompanhia traz vídeos, entrevistas e clipes que inspiraram a montagem, além de impressões sobre o processo de criação: blogsuacompanhia.blogspot.com.
Sinopse - Ele é um astro do rock no auge da fama. Está esgotado pelas demandas de ser um mito. Precisa apenas de um respiro. No caminho para mais um compromisso com sua banda, Ele se depara com uma formiga. Esse encontro inesperado provoca uma jornada interna. Nisso, resgata questões deixadas para trás na correria da vida.
Exposto ao seu próprio cansaço nos bastidores, Ele se pergunta: "Por que eu levo esse tempo?"; "Em que momento eu crio? "; "Por que as pessoas admiram um artista? "; e "Vale a pena ser um herói? ". Nesse mergulho, busca as razões mais íntimas para seguir em frente, rumo a um novo lugar.
Escrito, encenado e com atuação de Paulo Azevedo, "HERÓIS" é inspirado livremente pelas músicas e vidas de David Bowie, Lou Reed e outros rock stars dos anos 60 e 70. O roteiro original cria um panorama do rock dos anos 60 e 70, com lendárias canções de David Bowie, Elton John, Lou Reed, Pink Floyd, The Rolling Stones, The Doors, entre outros.
A montagem parte dos mitos em torno do artista para abordar a relação com o tempo e os valores do mundo contemporâneo, além de revelar como somos todos um pouco heróis.
O caminho de Heróis até aqui - “HERÓIS” marcou o início do coletivo, fundado em 2014 por Paulo Azevedo e baseado em São Paulo, com a colaboração de antigos parceiros de diversos estados brasileiros. A primeira versão do texto escrito em 2014 tinha o título “HERÓIS: UMA PAUSA PARA DAVID”.
Foi contemplada com o 1º lugar no Prêmio Funarte Myrian Muniz e cumpriu estreia e temporadas no SESC Palladium (2015) e CCBB BH (2016), sendo interpretada pela atriz Samira Ávila. Reestreia em novembro de 2020, em versão online e ao vivo, com o diretor e autor Paulo Azevedo como intérprete, voltando em curta temporada em 2021 por meio do edital PROAC EXPRESSO LAN No 36/2020 - Produção de Teatro (PJ) - Estado de São Paulo.
Sobre a SUACOMPANHIA
Fundada em 2014 pelo ator, autor, diretor teatral e comunicador Paulo Azevedo é um coletivo artístico sediado em São Paulo, com colaboradores de diversos estados brasileiros, caracterizado pela confluência de linguagens, a atualidade temática (as formas de relação e a busca de identidade na contemporaneidade) e o encontro de artistas com carreiras reconhecidas e fortemente ligadas a importantes projetos teatrais nacionais.
O resultado são obras originais pautadas pela mescla de linguagens (teatro, cinema, dança, literatura, artes em geral) e experiências, que tocam a sensibilidade do espectador. Os espetáculos têm em comum o olhar aguçado e poético sobre o cotidiano, as contradições do homem urbano e seus conflitos éticos e políticos, o respeito pelas diferenças, sem perder de vista um humor refinado e a poesia.
Foi contemplada por importantes prêmios que subsidiaram alguns de seus trabalhos: Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2014 (“HERÓIS: UMA PAUSA PARA DAVID”, apresentado no CCBB BH e SESC Minas, em 2015 e 2016) e ProAC de Criação Literária – Texto de Dramaturgia 2015 (“PASSE-PARTOUT”).
Já́ o espetáculo “A[R]MAR” foi subsidiado por meio de parcerias e também do aporte financeiro de 150 colaboradores por meio do Benfeitoria (plataforma de financiamento coletivo), estreou e cumpriu duas temporadas em São Paulo (Teatro Sérgio Cardoso e Cacilda Becker, em 2018) e integrou o Circuito Cultural Paulista.
Neste ano, prepara dois novos trabalhos: a adaptação para versão online do 2º (“PASSE- PARTOUT”, com atuação de Fafá Rennó) e 3o episódios (“FORA DO (M)AR”, com atuação de Paulo Azevedo) da “Trilogia Solo”.
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Sobre Paulo Azevedo
Idealizador, autor, diretor, ator e seleção musical
É ator, diretor e autor teatral, além de comunicador (UNI-BH, em 2000). Atua há mais de 20 anos nas artes cênicas como ator, autor, diretor e produtor teatral. Participou de espetáculos com grupos e diretores reconhecidos da cena brasileira, tais como: Hector Babenco (Hell), Cibele Forjaz (Cia Livre), Eric Lenate (A Serpente) e Yara de Novaes (Cia. Móvel).
É fundador e ex-integrante do Grupo Espanca!, responsável por espetáculos premiados. Na companhia mineira, Paulo foi indicado pela criação de “Por Elise” na categoria especial do Prêmio Shell SP 2005 e como Melhor Ator Prêmio Qualidade Brasil SP e Usiminas SINPARC 2008 por “Amores Surdos”. Fundador da Suacompanhia, realizou, escreveu e dirigiu os espetáculos “Heróis: Uma Pausa Para David” (Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2014), “A[r] mar” e “Passe-Partout” (ProAC Dramaturgia 2015).
Dirigiu os espetáculos “O Menino Que Tinha a Cara do Sol”, “Histórias de Chocar” e “A Carne Exausta” e ainda assinou a dramaturgia de “Sonetos de Areia” e “Nômades”. Foi parceiro e performer da artista de dança Dudude Herrmann de 2002 a 2009. Integrou oficinas em cinema, dança e teatro ministradas por Mikhail Chumachenko (GITIS), Yoshi Oïda (Teatro Bouffes du Nord - interpretação), Marco de Marinis (Itália), Cristiane Paoli Quito (técnica de clown), Christian Duurvoort, Sérgio Penna, entre outros.
No cinema, atuou em sete longas e 10 curtas-metragens, sendo vencedor na categoria Melhor Ator na Competição Nacional do Prêmio Português CinEuphoria 2017 (Prêmio do Público) pelo seu trabalho como protagonista no filme “Estive em Lisboa e Lembrei de você̂”, baseado na obra homônima de Luiz Ruffato e dirigido pelo português José Barahona.
Pela mesma produção, foi indicado como Melhor Ator Filme Estrangeiro no “Melhores Filmes SESC 2016”. Na TV, atuou em de séries produzidas e exibidas pela Globo, Netflix, HBO, FOX, TNT, History Channel, TV Cultura e Record. Em 2019, participou da novela das 6 da TV Globo, "Éramos Seis", como Capitão Alves. Desde 2019, idealiza, roteiriza e apresenta o podcast e blog Almasculina – Conversas sobre masculinidades, disponível no Spotify e diversas plataformas de podcast.
FICHA TÉCNICA
Direção, Texto e Atuação: Paulo Azevedo
Codireção: Ana Paula Cançado
Consultoria Dramatúrgica: Adélia Nicolete
Direção de Arte e Figurinos: Martielo Toledo
Trilha Sonora Original: Barulhista
Seleção musical: Paulo Azevedo
Consultoria de Desenho de Luz: Marina Arthuzzi
Direção Vocal: Lucia Gayotto
Preparação de canto: Mariana Brant
Cabelo: Ricardo Rodrigues
Modelista/pilotista: Noemi Bernardes
Projeto Gráfico: Glaura Santos
Fotos e diretor de fotografia e streaming: Vitor Vieira
Consultoria de streaming: Janaína Patrocínio
Teasers e vídeos: Paulo Azevedo (roteiro, edição e direção), Vitor Vieira (direção de fotografia), Barulhista (trilha sonora) e Camila Picolo (operação de drone)
Operação de câmera e luz: Camila Picolo
Assessoria de imprensa: Pombo Correio (Douglas Picchetti e Heloísa Cintra Castilho)
Revisão de textos: Soraia Azevedo
Tradução espanhol e inglês: Gladys Souza
Corealização: Comcultura Comunicação e Cultura
Produção Executiva e Realização: Suacompanhia Criações Artísticas
Apoio cultural: RIRO Salon, JPZ Comunicação, Vitor Vieira Fotografia e Podcast Almasculina
Agradecimentos: Secretaria Municipal de Cultura, São Paulo Film Commission/Spcine.
Serviço:
Duração aproximada: 55 minutos
Classificação etária recomendada: 12 anos
Gênero e modalidade: Drama cômico
Link para acessar ingresso: https://www.sympla.com.br/suacompanhi