Diante das denúncias do vereador lvan Moraes (PSol/PE), que versavam sobre a má-distribuição de vacinas para os bairros do Recife, a liderança do governo na Câmara Municipal do Recife, via assessoria de comunicação, enviou ao Blog uma nota oficial, a qual publicamos na integra:
Em resposta à matéria com o título “ Vereador faz estudo expondo desigualdade vacinal no Recife” o líder do governo e vereador do Recife Samuel Salazar (MDB) esclarece:
A análise realizada na nota técnica elaborada pelo mandato do vereador Ivan Moraes (PSOL) é equivocada devido a erros conceituais e conclusões sem fundamentos técnicos e metodológicos, apresentando resultados precipitados e induzindo parte da opinião pública ao erro de interpretação de dados sobre o processo de vacinação no Recife. O estudo trata-se, na verdade, de um desserviço à sociedade e, sobretudo, ao esforço municipal em avançar o mais rápido possível no processo de imunização, buscando vacinar o maior número de pessoas na cidade frente ao avanço de novas variantes do coronavírus, em especial a Delta.
É preciso esclarecer que o Recife, sob a liderança do prefeito João Campos, desde o início estruturou um robusto plano de vacinação que é referência nacional, ao permitir que qualquer cidadão adulto apto a receber a vacina pode agendar o dia, horário e local para receber o imunizante, sem gerar aglomerações e filas nos postos de vacinação. Tudo isso é feito por meio da plataforma Conecta Recife. Esse esforço está sendo possível graças à decisão de aliar processos de transformação digital que está sendo implementada em toda gestão municipal aliada a abertura de postos para atendimentos exclusivos para vacinação, mantendo toda a estrutura municipal de Saúde em funcionamento para as demais demandas da população.
Além disso, o Recife vem seguindo orientações técnicas estabelecidas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, ao elencar os grupos prioritários para recebimento da vacina. Sendo assim, não corresponde à verdade que determinadas taxas de letalidade se devem a suposta priorização na vacinação de grupos populacionais e bairros, fazendo com que esse tipo de cobrança se mostre indevida e significaria o não cumprimento do plano nacional.
Uma análise mais aprofundada na nota técnica do vereador mostra que a taxa de letalidade apresentada foi calculada de maneira errônea, gerando taxas de letalidade extremamente altas, com valores acima de 100%, o que é conceitualmente impossível. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é possível calcular a taxa de letalidade de duas formas diferentes – e que não estão contidas no documento. Uma é utilizando o número de óbitos em relação ao número de casos confirmados da doença e, segundo o Boletim Epidemiológico usado na NT, o índice seria de 3,47%, extremamente menor do que o publicado. O outro modo, ainda segundo a OMS, é utilizar o número de óbitos em relação ao número de recuperados mais o número de óbitos. Da mesma maneira, é possível observar que o Recife que a taxa de letalidade de 3,50%, novamente abaixo dos dados apresentados na nota técnica.
No afã de querer desconstruir um programa que vem salvando vidas no Recife, em vez de somar esforço em buscar ampliar a cobertura vacinal de nossa população, o vereador Ivan Moraes perde, mais uma vez, a oportunidade de demonstrar seu espírito público e cobrar mais ações concretas ao Governo Federal, quem, de fato, administra o envio de doses de imunizantes para todos os estados e municípios do Brasil.
Líder do Governo e Vereador do Recife Samuel Salazar (MDB)