O Hospital Miguel Arraes (HMA/FPMF), localizado em Paulista, na Região Metropolitana do Recife e vinculado à Fundação Professor Martiniano Fernandes (FPMF), foi selecionado para receber o projeto Saúde em Nossas Mãos: Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil. Trata-se de um programa do Ministério da Saúde que tem o objetivo de dar suporte técnico e metodológico a 204 unidades de terapia intensiva de hospitais selecionados em todo o país, com a implementação de práticas de prevenção a infecções em parceria com o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).
O suporte técnico será oferecido por seis hospitais do PROADI/SUS, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema único de Saúde, que realiza projetos voltados ao fortalecimento e à qualificação do SUS no Brasil. São eles: Hospital Albert Einstein, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital de Beneficência Portuguesa, Hospital do Coração, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio Libanês. Cada um será responsável pela condução das sessões de aprendizado e assistência a um grupo de 34 UTIs.
O anúncio da seleção do Miguel Arraes para o projeto atestou, mais uma vez, o compromisso da unidade com a excelência do trabalho realizado pelos profissionais de saúde. O HMA participou, entre os anos de 2018 e 2020, do Projeto de Reestruturação de Hospitais Públicos (RHP) do PROADI/SUS, atendendo a todos os protocolos de melhorias de gestão e qualidade no atendimento ao paciente. De acordo com Adelaide Caldas, diretora geral do HMA/FPMF, o projeto Saúde em Nossas Mãos é mais uma oportunidade criada para o hospital capacitar seus colaboradores e melhorar a segurança do paciente: “ficamos muito felizes com a escolha e estamos preparados para mais esse desafio, desta vez especificamente em nossa UTI. Vamos formar uma equipe multiprofissional experiente, integrada e pronta para colaborar para o sucesso do projeto”. Uma reunião na próxima terça-feira (17) vai começar a discutir o projeto entre os profissionais do HMA que estarão envolvidos na sua execução.
O projeto tem duração de dois anos e será conduzido através do chamado Modelo de Melhoria, utilizado com sucesso em várias iniciativas. O suporte está relacionado à ventilação mecânica, uso de cateteres e de sondas vesicais. Após sua implementação foi possível perceber, no conjunto inicial de 119 UTIs participantes, uma redução de 41% nas taxas de infecção de corrente sanguínea, 48% nas taxas de infecção do trato urinário e 28% nas taxas de infecção de pneumonia associada à ventilação mecânica até abril de 2019. Estima-se que, nesse período, 2.345 infecções foram evitadas e 779 vidas foram salvas.
Com lnformações da jornalista lana Gouveia