lnaugurado em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, um espaço exclusivamente voltado à venda e à exposição de produtos artesanais fabricados por adolescentes e jovens em cumprimento de medida de internação no município. O estande, instalado na frente da unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), na Avenida Pedro II, uma das principais da cidade, ficará aberto ao público de segunda a sexta, das 8h às 14h. A ação é mais um passo da instituição na busca por mostrar suas boas práticas do lado de fora dos muros e fortalecer laços com as comunidades do entorno de suas unidades.
O local conta com arranjos produzidos em oficinas de jardinagem e paisagismo, chaveiros confeccionados com feltro, nichos de parede fabricados com materiais reaproveitáveis, entre outros itens. A montagem do estande teve participação de socioeducandos e dos agentes socioeducativos Maria Roseni da Silva, Erivelton Gomes, Janeide Cavalcante e Aparecida Galindo, instrutores das oficinas realizadas na unidade local da Funase. Com a venda de produtos resultantes dessas oficinas, parte da renda será revertida à aquisição de mais matéria-prima. O restante será dividido entre os artesãos envolvidos como estímulo à participação na atividade.
“As oficinas realizadas aqui têm uma razão de ser: os adolescentes podem, perfeitamente, assimilar esse ofício quando saírem da Funase. A intenção de montar essa loja na frente da unidade é demonstrar para quem é de dentro e para quem é de fora que é possível dar vazão ao que é produzido”, conta a agente Roseni, mostrando móveis e outros produtos que podem ser de interesse do público. “Os temas são diversificados, atendem a uma programação. A cada mês a gente faz um conjunto de oficinas diferentes, direcionadas aos interesses dos jovens e a aprendizados que eles possam realizar como profissão”, completa o agente Erivelton.
Além de abastecer o estande fora da unidade, as oficinas de artesanato também atendem necessidades internas. Salas e áreas de convivência, por exemplo, ganharam pintura, objetos decorativos e até novas placas de sinalização, o que deu um aspecto lúdico e revitalizado ao prédio, que é antigo. “Investir dentro e mostrar essas ações também a quem está do lado de fora é uma maneira de dar um retorno social sobre o trabalho desenvolvido. O que se passa no atendimento a esses adolescentes é algo que deve interessar a toda a sociedade”, diz Paula Cibelle, coordenadora-geral do Case/Cenip Arcoverde, a unidade da Funase no município.
lmprensa Funase