As Hérnias abdominais são comuns e se tratam do deslocamento de um órgão interno que acaba ficando saliente por baixo da pele, devido a uma fragilidade, o que pode acontecer em qualquer parte do corpo, a exemplo, no umbigo, abdômen, coxa, virilha ou coluna.
De acordo com dados do Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (Datasus), as hérnias da parede abdominal são comuns e atingem entre 20% e 25% da população adulta. Em um ano foram mais de 287,5 mil cirurgias de hérnia da parede abdominal. Todos os anos, mais de 2 milhões de casos são registrados em todo o País.
“Entre as hérnias da parede abdominal, as mais comuns são: a hérnia umbilical, hérnia epigástrica, hérnia inguinal (na virilha) e hérnia incisional. Além disso, também existe a hérnia de hiato, como explica o gastroenterologista, Dr. Carlos Bouçanova.
Alguns dos sintomas característicos que podem indicar a presença de uma Hérnia são a saliência na pele, em qualquer região do corpo, inchaço no local da saliência, dor na região, especialmente depois de realizar esforços, dor na região ao evacuar ou tossir.
O diagnóstico desta doença pode ser realizado com base nos sintomas relatados pelo próprio paciente, através da palpação no local de forma a identificar se existe alguma protuberância ou saliência na pele. Contudo, ainda segundo o especialista, Carlos Bouçanova, é comum os médicos solicitarem ao paciente a realização de uma ultrassonografia para confirmar a presença da doença.
Uma vez diagnosticada, pode ser feito o procedimento cirúrgico, seja pelo modo convencional (cirurgia aberta) ou por técnicas minimamente invasivas, como videolaparoscopia (cirurgia a laser) ou cirurgia robótica. “Esses dois últimos métodos são preferenciais, com melhores resultados em termos de qualidade de vida e dor quando comparados com a cirurgia convencional”, enfatiza o gastroenterologista, Dr. Carlos Bouçanova.
Algumas orientações podem ajudar o paciente que possui a Hérnia, tais como evitar levantar peso, evitar ficar muito tempo em pé, não fazer longas caminhadas ou atividades físicas intensas, ficar em repouso também pode ajuda a reduzir os sintomas existentes. Para os pacientes com hérnia de hiato (refluxo), estes devem cuidar da alimentação. “Evite café preto, chá preto e derivados, bebidas alcoólicas, chocolates e achocolatados, assim como alimentos muito ácidos ou condimentados. O ideal é que o paciente não se deite logo após comer e eleve a cabeceira da cama para evitar sintomas. Fumar também pode levar a quadros de refluxo”, alerta.