Amanhã, às 20h, o ator Raul J. Franco promove uma interpretação solo on line do monólogo Eu, Clarice. A apresentação será na Plataforma Zoom e os ingressos têm preços varáveis e podem ser adquiridos aqui: https://www.sympla.com.br/eu-clarice---um-espetaculo-homenagem-a-clarice-lispector__1241851
"Eu te convido a ver este espetáculo porque ele nasceu de uma maneira tão visceral, profunda e, ao mesmo tempo, espontânea. As palavras me escapuliram em plena quarentena e tive que dar vazão a isso. Era junho de 2020. Procurei e encontrei abrigo nas palavras de Clarice Lispector. E como essa escritora me deu tantas coisas importantes nessa vida, assim como um trampolim para gerar muitos entendimentos, eu quis dar a ela esse presente também e dividir com vocês uma jornada de paixão e entrega. Afinal, sempre percebi Clarice por dentro. E a vocês ofereço o meu interior justamente do meu quarto pro mundo. Estejamos despidos de medos e julgamentos para que a arte flua sem explicações racionais. O lema é: "vamos nos permitir". Sejam todxs muito bem vindxs", convida o ator
Sinopse - Em uma madrugada de pandemia, o personagem A procura um livro de Clarice Lispector: UM SOPRO DE VIDA (Pulsações) para lhe fazer companhia. O desespero começa quando ele não encontra o livro. A partir deste episódio, A começa a analisar a importância de Clarice em sua vida, bem como resgata alguns momentos em que se viu amparado pelas suas palavras. Curiosamente, Um Sopro de Vida é o livro de Clarice que foi lançado após a sua morte. Ela começou a escrevê-lo em 1974 e veio a falecer em 1977. Ponto de convergência: o personagem A nasceu em 1974. E só em 1989, ao ler O primeiro beijo & outros contos (uma coletânea de contos de Clarice), viu-se completamente alucinado por essa mulher. E sim, este é um monólogo sobre vida e o desejo de se permitir ser quem se é, sem medos.
Após o espetáculo, a plateia será convidada a abrir a câmera e dividir as suas impressões do que viram.
Clarice - Chaya Pinkhasovna Lispector nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, na cidade ucraniana de Chechelnyk. Nasceu em uma família judaica russa que perdeu suas rendas com a Guerra Civil Russa e se viu obrigada a emigrar em decorrência da perseguição a judeus, à época, a qual resultou em diversos extermínios em massa. A futura escritora chegou ao Brasil, ainda pequena, em 1922, com seus pais e duas irmãs e após uma temporada em Maceió, os Lispector foram viver no Recife. Clarice se mudou com a familia pro Rio de Janeiro em 1934.
Estudou Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro, conhecida como Universidade do Brasil, apesar de, na época, ter demonstrado mais interesse pelo meio literário, no qual ingressou precocemente como tradutora, logo se consagrando como escritora, jornalista, contista e ensaísta, tornando-se uma das figuras mais influentes da Literatura brasileira e do Modernismo, sendo considerada uma das principais influências da nova geração de escritores brasileiros. É incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século XX. Morreu no Ro, em 9 de dezembro de 1977, vitima de um câncer de ovário
Serviço
EU, CLARICE - de Raul J. Franco
Solo online em homenagem à escritora Clarice Lispector.
Quando: 30/06
Hora: 20h.
Online através da plataforma Zoom.
Ingressos pelo Sympla: