Difícil de ser diagnosticada por não apresentar sintomas, a menos que os divertículos inflamem ou estejam infectados (diverticulite), o que pode resultar em febre e dor abdominal, a doença diverticular dos cólons é uma afecção onde ocorre herniação ou protusão da mucosa do intestino grosso, em forma de saculações, através das fibras musculares, em geral onde penetram os vasos sanguíneos.
“Quando assintomática é chamada de diverticulose. Ao primeiro sinal de problema, passa a ser conhecida por doença diverticular. Já a diverticulite é a inflamação dos divertículos, e deve ser tratada o quanto antes”, explica o gastroenterologista, Dr. Carlos Bouçanova.
A doença é mais comum em pessoas a partir dos 40 anos e não possui cura. É praticamente nula abaixo dos 35 anos e vai aumentando com a idade, atingindo 15% aos 50 anos, 35% aos 65 anos e 65% aos 85 anos de idade. Pode ser tratada com ajuda de um especialista para que o paciente possa melhorar a qualidade de vida e não sentir maiores incômodos com o passar dos anos. “O diagnóstico da doença acontece por meio da anamnese (entrevista entre o paciente e médico), exame físico, complementados por exames laboratoriais e de imagens”, como enfatiza Bouçanova.
Sendo diagnosticada a diverticulite (uma inflamação), o tratamento pode acontecer por meio da ingestão de uma dieta rica em alimentos repletos de fibras, como cereais integrais, feijões, frutas e legumes e redução de peso nos pacientes obesos. Tudo isso, auxilia a reduzir a pressão dentro do cólon e, então, as complicações serão mais difíceis de ocorrer. Sendo orientado por um especialista, o tratamento também pode acontecer através do uso de antibióticos orais ou venosos, restrições dietéticas e algumas vezes emolientes fecais (laxantes).
Para se obter um diagnóstico preciso da diverticulite, os especialistas orientam realizar uma ultrassonografia de abdômen e tomografia computadorizada. Exames de sangue (hemograma) e de urina também são úteis para ajudar no diagnóstico diferencial. Outro procedimento é a colonoscopia que ajuda, a saber, realmente onde está o problema.
Caso a doença evolua e chegue a sua forma grave, segundo o gastroenterologista, Dr. Carlos Bouçanova, “há necessidade de cirurgia, onde usualmente uma parte do cólon (geralmente o cólon esquerdo ou o sigmóide) é removida e uma colostomia temporária pode ser feita”. A cirurgia nos pacientes que apresentam hemorragia também esta indicada quando já houve mais de um episódio de sangramento, pois o risco de novo sangramento é muito alto.