domingo, 2 de maio de 2021

Peças "A Despedida" e A Genealogia Celeste de Uma Dança" fazem últimas sessões no Teatro Sérgio Cardoso

 

As peças A Despedida, espetáculo inspirado nas personagens históricas Leopoldina e sua irmã mais velha, e A Genealogia Celeste de uma Dança, monólogo interpretado por Luciano Chirolli com direção de Bruno Kott e texto de Juliana Leite, apresentam últimas sessões em maio, no Teatro Sérgio Cardoso Digital, com transmissão pela ferramenta Sympla Streaming.

O objetivo do Teatro Sérgio Cardoso Digital é democratizar o acesso à cultura, já que pessoas de todo o mundo poderão prestigiar a programação do espaço, e também oferecer uma maneira segura para a fruição de espetáculos, mantendo a população conectada com a arte durante o período de isolamento social. A proposta, no entanto, se estenderá para além deste período, oferecendo a modalidade online para quem preferir assistir aos trabalhos de dentro da sua casa, independente da necessidade de isolamento.

A Despedida
Na peça, a Cia. Meia Um traz aos palcos pautas como a limitação da mulher na sociedade, misoginia e intensa violência de gênero que, infelizmente, ainda é uma tema atual. O espetáculo acontece em um plano etéreo, livre da linearidade do tempo, da continuidade do espaço ou da dureza dos fatos. Em meio a flores, lembranças, mitos e histórias, Isabel é guiada pelo fantasma da irmã, que morreu precocemente, a enfrentar forças institucionais que não compreende.

A Cia. Meia Um é um grupo teatral composto por artistas de fora de São Paulo, que fizeram da cidade a sua cidade. O grupo tem como objetivo o resgate de um estudo de linguagem feito de 2009 a 2011, pelo Grupo Teatral de Pesquisa e Extensão, associado à UnB (Universidade de Brasília), em Brasília, dirigido por Hugo Rodas, diretor Uruguaio radicado em Brasília desde o final dos anos 70, onde realizou inúmeros trabalhos premiados nacional e internacionalmente.

A Genealogia Celeste de uma Dança
A quarentena nos apartou, mas também nos obrigou a identificar outras maneiras de nos sentirmos pertencentes à mesma existência, às mesmas alegrias e medos, aos desejos tremendamente humanos. De repente, muitas das coisas que dávamos por garantidas estavam suspensas e, à revelia de nossas incertezas, a natureza seguiu seus planos exatamente como antes: o céu sobre nossas cabeças, a terra sob nossos pés, e entre eles um acordo inviolável de movimento. O texto nasce justamente a partir do céu, o real e o imaginado, esse tecido para o qual olhamos desde a ancestralidade em busca de direção, horizonte, futuro.

É um texto que nasce pensando em um corpo, como princípio dramatúrgico, e que produz a sua presença a partir do jogo de imagens, sem que seja possível distinguir onde começa o corpo de quem atua e onde ele abre o seu lugar para a convocação de todos os corpos que o testemunham. Estamos, nós os espectadores, diante de um humano em pleno reencontro com o lúdico, com a fantasia e a leveza, e de repente já não podemos ser nada a não ser o seu espelhamento - uma humilde e grande humanidade composta dos mesmos músculos e espantos. Num acontecimento concebido através do tempo e do espaço, o corpo humano se redescobre em movimento (como uma antítese do confinamento) e é ele mesmo o lance de dados que abre caminho para o sonho, essa ferramenta da qual, tão humanos, jamais poderemos abrir mão.

SERVIÇO
A Despedida
Sessões até 09 de maio
Sessões de quinta a domingo, 20h
Ingressos: Colaborativo, com opção de gratuito e outros valores. Retirada através do sistema Sympla.
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre

SERVIÇO
A Genealogia Celeste de uma Dança
Sessões até 05 de maio
Sessões às segundas, terças e quartas, 20h
Ingressos: Gratuitos. Retirada através do sistema Sympla.
Duração: 20 Minutos
Classificação: 12 Anos