Vamos reproduzir a nota oficial na íntegra, onde mostra os professores que reivindicam o trabalho remoto, afinal de contas, ainda estamos em uma pandemia com quase 400 mil vitimas fatais em todo o Brasil.
NOTA À IMPRENSA E À SOCIEDADE
Temos direito de lutar por nossas vidas, portanto, a Greve pela Vida continua!
Em assembleia geral realizada na manhã desta terça-feira, 27 de abril, Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação decidiram por manter a Greve pela Vida que foi deflagrada em 19 de abril do ano corrente. O Sintepe, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, que representa professores/as, administrativos, analistas e contratos temporários, afirma que a luta pela vida continua e repudia a interrupção das negociações por parte do Governo do Estado.
O Poder Executivo encerra o diálogo com os trabalhadores em educação, ao mesmo tempo em que nos quer em atividades presenciais, expostos ao coronavírus no pior momento da pandemia. O Governo do Estado se fia em ação judicial com multa de R$ 300 mil por dia, o que significa, ao mesmo tempo, negar-se a buscar uma resolução entre os principais atores do processo - trabalhadores em educação e seus empregadores, o governo -, e asfixiar o movimento Sindical com a imposição de multas financeiras exorbitantes para calar nossas bocas! O Sintepe recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de Reclamação Constitucional, alegando que a decisão do TJPE contraria o sagrado direito de greve. Estamos esperando o resultado dessa reclamação.
Para a tristeza do Governo, não vamos nos calar! Falaremos, apesar da negativa do diálogo por parte deles. Falaremos, apesar da tentativa de calar nossas vozes por meio da imposição de multas e do fechamento do Sindicato. Falaremos porque esta categoria só obteve conquistas durante os últimos 31 anos após muita luta.
O Sintepe reafirma que a Greve pela Vida continua e logo em breve divulgará calendário de atividades de monitoramento das escolas e atos públicos simbólicos como forma de mostrar para toda a sociedade nossa indignação.
A DIREÇÃO DO SINTEPE