Localizado na Mata Norte de Pernambuco, o Luiza Ferreira é um assentamento assistido pelo Iterpe referência na produção de tubérculos no Estado
Nesta quarta-feira (21), o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe) participou da solenidade de comemoração dos 25 anos do Assentamento Luiza Ferreira, localizado no município de Condado, mais conhecido na Mata Norte como Engenho Bonito. O evento, marcado pela inauguração do auditório Dr Manoel Mattos e pelo Terreiro Cultural Mestre Biu Alexandre, contou com a presença do presidente do Instituto, Henrique Queiroz, junto com o gerente de Reordenamento Agrário, Marco André Dubeux, e o assessor de Articulação Institucionail, Charles Afonso.
O Assentamento Luiza Ferreira vem se destacando pela produção de mais de 180 toneladas de tubérculos por ano e pelo cultivo diversificado de alimentos. Com 202 hectares de terras regularizadas pelo Estado em 2019, após 23 anos de luta da comunidade, a colônia agrícola formada por 68 famílias é acompanhada pelo Iterpe, órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado (SDA).
“O Iterpe tem um compromisso de visitar os assentamentos e estar aberto para escutar as demandas das famílias assentadas. Neste momento histórico, em que o assentamento comemora os 25 anos de luta pela Reforma Agrária, estar presente na solenidade representa o reconhecimento da luta dos trabalhadores e trabalhadoras rurais pelo direito de produzir e viver da terra”, declarou Henrique Queiroz durante a solenidade de comemoração.
Sobre o Assentamento Luiza Ferreira
O assentamento Luiza Ferreira se destaca, ainda, pelo histórico de resistência e luta pela Reforma Agrária no Estado, bem como é referência no seu processo de autonomia na administração das terras concedidas pelo Governo de Pernambuco. As famílias rurais que vivem no assentamento vem se desenvolvendo de forma crescente através do exemplar trabalho coletivo, que é fruto dos esforços unificados dos trabalhadores e trabalhadoras que conquistaram um espaço de convivência bastante consolidado, com a construção de uma escola pública, sede própria com energia elétrica monofásica, estação pluviométrica e um poço artesiano de água doce.
As agricultoras e agricultores locais são detentores de uma cadeia produtiva diversificada de alimentos no Estado, dedicando 39% da área à produção de cará São Tomé, 4% ao inhame da costa e 10% à batata – onde são retiradas 34 toneladas do tubérculo. O cultivo da banana ocupa uma área de 34% do assentamento, representando algo em torno de 150 hectares, com uma produção de 134 toneladas da fruta. Também são cultivadas outras culturas de subsistência, como macaxeira, mandioca, milho, feijão, fava, verduras, frutas, produzidos sem utilização de agrotóxicos.
O Luiza Ferreira é um modelo exitoso de assentamento e responsável por abastecer as feiras do município. Por meio do título de concessão, conseguiram acessar o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); além de Centros de Abastecimento de outros municípios. Além da produção, o assentamento é sede de diversos eventos das manifestações culturais da região, a exemplo das sambadas e brincadeiras de Maracatu Rural, Ciranda e Cavalo Marinho.
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