Em comemoração ao Dia Nacional do Ouvidor, comemorado no dia 16 de março, profissionais da área que atuam na Rede de Ouvidorias do Poder Executivo estadual e de outras instituições públicas e privadas participaram, na manhã de ontem (16), de encontro virtual. Realizado pela Ouvidoria-Geral do Estado (OGE) – vinculada à Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE) –, em parceria com a Associação Brasileira de Ouvidores/Ombusdman – Seccional Pernambuco (ABO-PE), o evento foi marcado por uma conversa descontraída sobre “O desafio de ouvir”, conduzida pelo psicólogo clínico Oscar Vilaça.
Ao abrir o encontro festivo, a secretária da SCGE e ouvidora-geral do Estado, Érika Lacet, parabenizou a todos pelo dia e exaltou a importância das ouvidorias, principalmente as do setor púbico. “É uma missão árdua. Quem trabalha em ouvidoria sabe disso. Eu vim conhecer profundamente o trabalho, quando cheguei na Controladoria, em 2019, e me encantei. Tem todo o meu respeito e admiração”, enfatizou.
Ela destacou, ainda, que para o trabalho de ouvidoria, além do conhecimento técnico é preciso ter empatia. “É necessário a gente saber receber e se colocar no lugar do outro, daquela pessoa que vem buscar a solução de um problema. É preciso ter empatia, especialmente em momentos tão desafiadores como foi 2020 e como deve ser 2021, por conta da pandemia do novo coronavírus”, ressaltou.
Presente na reunião, a vice-presidente da ABO-PE, Zélia Correia, agradeceu a OGE pela parceria de quase 13 anos e enfatizou a relevância da data. “Hoje eu parabenizo todos vocês pelo desempenho, força de vontade e determinação, principalmente neste período de pandemia. Parabenizo tanto os ouvidores públicos, como os ouvidores que atendem os clientes de suas empresas, que são os associados da ABO”, frisou Zélia, que também é a coordenadora de Atendimento ao Cidadão da OGE.
ESCUTATÓRIA – O psicólogo clínico Oscar Vilaça iniciou sua explanação dizendo ser preciso repensar a palavra desafio, inserida no tema do bate papo. “Ouvir é um dom que a pessoa tem, especialmente numa carreira sensível como é a do ouvidor”, disse. Oscar, que também é procurador da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), falou, ainda, que muito mais que ouvir é preciso escutar.
“Ouvir é algo muito mecânico, é uma questão sensorial, automática. Já escutar é entender o contexto e ter empatia para enxergar o mundo através dos olhos do outro”, explicou, ressaltando que “escutar está além do simples ouvir”. É necessário, segundo ele, ressignificar conceitos, transformado, por exemplo, o desafio de ouvir na arte de escutar. “Trabalhem a arte de escutar”, recomendou.
Ao encerrar o encontro, a diretora da OGE, Elisa Andrade, ressaltou que a missão diária de todos os que fazem a ouvidoria é escutar, estando sempre em contato com a sociedade, tratando com cordialidade. “Precisamos escutar e falar com clareza e objetividade, nos fazendo entender”, concluiu. Da equipe da DOGE, também participaram da reunião, Maria Luiza Trindade e Ana Luiza Trapiá, que respondem, respectivamente, pela Coordenação e chefia da Rede de Ouvidorias.
HISTÓRICO – O Dia Nacional do Ouvidor foi instituído em 16 de março de 1995, em decorrência da criação da ABO. Porém, apenas em 2012, com a publicação da Lei Federal de No 12.232, a data foi oficializada. Receber críticas, sugestões, denúncias, reclamações e agir na defesa imparcial da comunidade são funções básicas do ouvidor. É ele quem dimensiona cada demanda de forma a garantir o exercício da cidadania e, com isso, garantir um estado democrático.
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