Policiais detiveram em flagrante, na tarde desta-feira (10.03), uma mulher que procurava estabelecimentos interditados pelo Procon-PE, se dizendo enviada pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, e pela gerente de fiscalização do órgão, Danyelle Sena, para supostamente resolver o problema daquele local. A falsa desinterdição acontecia mediante pagamento de valores que variavam de acordo com o porte do local
A fraude só foi descoberta porque um dos donos de um bar interditado procurou o órgão para verificar a veracidade do processo. “O dono de um dos locais interditados pelo órgão nos procurou para saber se conhecíamos a mulher que tinha procurado ele para livrá-lo de multa e desinterditar o estabelecimento”, explica o secretário. Segundo o denunciante, a mulher que se apresentou como enviada pelo gestor da SJDH e pela gerente para ajudá-lo alegou já ter feito o mesmo procedimento com outros estabelecimentos.
“Ligamos para o restaurante citado e o dono confirmou que já estava aberto, porque o Procon havia liberado o funcionamento. Mas, em verdade, o local permanecia interditado pelo Procon”, explica Eurico. O dono do restaurante, localizado na zona da Mata Norte, que caiu na fraude, mostrou os documentos falsos. Um deles continha a marca do Procon Recife, órgão que atua apenas na Capital e funciona de forma independente ao estadual.
O secretário deixa claro que o órgão não manda documentos de desinterdição via e-mail nem WhatsApp. “O documento sai assinado do Procon e o fiscal vai pessoalmente desinterditar o local. Se alguém mais caiu nessa fraude, deve nos procurar e procurar a polícia também para prestar queixa”, reforça.
Os valores cobrados pela mulher variava de acordo com o porte da empresa. À uma ela chegou a cobra R$ 3 mil, a outra R$ 1.500. Foi durante uma dessas transações que ele foi detida pela polícia.
lmprensa Procon PE