segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Pernambuco ofertou quase duas mil vagas em cursos para jovens do sistema socioeducativo em 2020

 

Mesmo em um ano de pandemia, Pernambuco alcançou bons resultados na qualificação profissional de adolescentes e jovens do sistema socioeducativo. Em 2020, foram disponibilizadas 1.932 vagas em cursos profissionalizantes dentro das unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ). A manutenção das atividades foi possível graças à adoção de medidas preventivas ao novo coronavírus em salas de aula.

 

Foram ofertados cursos em áreas como eletrônica, informática, artesanato, barbearia, paisagismo, horticultura e culinária. Em 2020, a Funase teve a parceria de instituições como o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE). A maior parte das aulas foi ministrada por agentes socioeducativos aptos a atuar como instrutores e por integrantes do Eixo Profissionalização da Funase.

 

Em Pernambuco, a qualificação profissional de adolescentes e jovens do sistema socioeducativo tem uma importância estratégica para os indicadores sociais do Estado. “Em 2019, essa foi uma prática certificada como importante para a prevenção da violência. É gratificante ver que, em 2020, mesmo com as dificuldades da pandemia, esse esforço continuou e alcançou um número expressivo de vagas disponibilizadas”, declara o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco, Sileno Guedes.

 

Do mesmo modo, a presidente da Funase, Nadja Alencar, destaca que a realização dos cursos foi importante em um momento de incertezas. “Passamos por um período em que visitas presenciais de familiares ficaram suspensas, assim como atividades externas, que são previstas na legislação do sistema socioeducativo. Conseguimos manter um calendário de aulas profissionalizantes dentro da Funase, o que ajudou cada adolescente a ter um ano de aprendizado. É resultado do trabalho árduo das nossas equipes”, afirma.

 

O coordenador do Eixo Profissionalização da Funase, Normando de Albuquerque, ressalta que a prospecção de uma equipe de agentes socioeducativos capacitada para atuar na instrutoria dos cursos contribuiu para a continuidade da oferta de qualificação em um momento em que outras instituições tiveram as atividades interrompidas e que os deslocamentos passaram a ser evitados.

 

“Com a paralisação das atividades das nossas instituições parceiras, a quase totalidade das vagas oferecidas em 2020 ficou a cargo dos agentes socioeducativos mobilizados como instrutores e da equipe do Eixo Profissionalização da Funase. A oferta foi menor do que nos anos anteriores, mas conseguiu atender a demanda. A experiência serviu não só para mostrar o valor da mobilização dos agentes para garantir uma oferta permanente de cursos nas unidades, como a importância da articulação interinstitucional para ampliar o atendimento, e ainda nos permitiu avaliar a dinâmica de aulas com turmas menores. O saldo foi muito positivo”, avalia.


lmprensa Funase