Aos 23 anos, o jornalista
Emannuel Bento é considerado um dos profissionais mais influentes no Twitter do
Brasil. A razão é porque Bento constrói as melhores threads (fios de assuntos)
na rede social do passarinho azul. Boate Misty, Jackson do Pandeiro, a visitada Rainha Elizabeth ao Recife, nada passa despercebido ao jornalista recifense,
formado na UFPE e que trabalha no Diário de Pernambuco. Suas maiores inspirações
profissionais são jornalistas de respeito, local e nacionalmente: Thiago Soares, Vandeck Santiago, Fabiana
Moraes e GG Albuquerque.
O Twitter é uma rede que dá
certo protagonismo para a informação, por isso é muito usada por jornalistas.
Eu tenho a minha atual conta no Twitter desde 2013, mas comecei a investir mais
nela apenas no começo de 2020. Foi quando eu percebi que as postagens em fios
geralmente tinham mais repercussão do que os links de matérias que assino. Eu
sinto que os usuários dessa rede tendem a clicar menos em links, pois esse ato
pressupõe certo esforço de leitura. Muitos usuários preferem continuar
navegando na mesma plataforma. Assim, percebi que os fios, quando bem feitos,
conseguem segurar a atenção das pessoas. Isso acaba dando esse maior retorno,
espalhando mais as histórias que quero contar.
2) Como nasceu sua preferência pelas curiosidades históricas do Recife?
Eu sempre amei a disciplina de
história. Ainda no ensino fundamental, eu pensei em cursar história no ensino
superior, mas isso acabou não andando. Eu acabei descobrindo mais histórias
sobre o Recife ao ingressar no Diario de Pernambuco, inicialmente como
estagiário e depois como repórter. No começo de 2019, conheci a Hemeroteca Digital
da Biblioteca Nacional, que é onde tenho acesso ao acervo do Diario de
Pernambuco. Essa plataforma talvez ainda seja subutilizada, mas é como um
tesouro de informações. Eu me apaixonei pelo acervo do Diario, que é bastante
extenso (como todos sabem). Passei a pensar em algumas reportagens de memória,
sempre resgatando esses achados do acervo. Só depois disso comecei a levar esse
conteúdo para o Twitter.
3) Na sua opinião, qual a história mais curiosa? E a mais engraçada? E a que mais te emocionou?
Vou escolher entre as histórias
dos fios. Para mim, a mais curiosa é a da eleição do Governo de Pernambuco, em
4) Você não pensa em escrever um livro com as suas threads?
Eu penso em escrever um livro, mas
não necessariamente uma coletânea das histórias que conto nos fios. Isso porque
são histórias bastante distintas. Eu já falei da origem de alguns bairros do Recife, da presença do brega-funk nas eleições de 2020 e do show do Black Eyed
Peas na cidade, em 2010. É tudo muito variado. No entanto, penso em um livro
sobre alguma história específica, que realmente renda para um livro.
5) Fale sobre a sua trajetória jornalística
Eu estou no Diario de
Pernambuco desde 2017, quando ingressei como estagiário do caderno Viver, que
cobre cultura e entretenimento. Antes do Diario, tive experiências como
estagiário como redator da revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), e da
Diretoria de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPE.