O cacique indígena, que se elegeu pelo Republicanos, estava ameaçado de ter sua eleição impugnada. O Ministério Público Eleitoral iniciou a ação de impugnação de registro de candidatura baseado em um processo criminal de 2003. O processo registra crime de incêndio cometido pelo cacique e outras 35 pessoas. Marcos ainda enfrentou problemas com Fake News e disparos de mensagens por WhatsApp durante a campanha. Ele foi eleito com 17.654 votos.
História - Marcos é filho do Cacique Chicão, assassinado em 1998 aos 48 anos. Chicão preocupou-se em lutar contra a ocupação de terras por posseiros, antes demarcadas pela FUNAI e que deveriam estar em poder dos índios. Com esse intuito, no dia 5 de novembro de 1990, os Xukurus invadiram a área da Pedra D'Água e lá ficaram por cerca de 90 dias, desocupando o local somente após negociações com a FUNAI. A partir de então, passou a sofrer ameaças, culminando em sua morte, no dia 20 de maio de 1998.
Aos 21 anos, Marcos assumiu a liderança de seu povo após a morte do pai e desde então, trabalha pelos indígenas da região. Seu trabalho, o longo dos anos, passou a ser reconhecido internacionalmente por entidades de defesa dos direitos humanos.