Ele não suporta fórmulas prontas,
precisa sempre estar criando, estudando, se aprimorando. E isso é desde sempre.
Apaixonado por música, muito cedo descobriu o caminho que queria seguir. E foi
na adolescência, à frente do grupo “Os Ermitões” – que depois passou a se chamar
“Os Bambinos” – que Carlos Roberto Cavalcanti de Albuquerque mergulhou de vez
na música e passou a ser conhecido como Robertinho de Recife.
De lá pra cá, décadas de muito
talento, trabalho, idas pelo mundo, dos Estados Unidos ao Japão; da Música
Popular Brasileira ao Heavy Metal, nada passou despercebido. E tudo isso agora
está registrado em um documentário, que vai ser lançado nesta segunda-feira (5)
no canal do Youtube da Music Box, onde as mais variadas faces do Robertinho do
Recife são contadas e mostradas por familiares, amigos e artistas. Tudo com muita
música, claro!
Eu poderia escrever mais um pouco
aqui, entretanto, eu prefiro mostrar a conversa que tive com o músico e atiçar
a curiosidade de vocês em assistir o documentário:
Como é ver sua trajetória registrada em um documentário?
Qual a sensação de se ver em registro?
É uma grande oportunidade de ver ali a minha história, pelo menos parte dela sendo escrita, é sempre pra quem tem o artista e inclusive com uma artista que tem muitos anos de carreira, é uma sensação de estar assistindo filme do que se passou. Eh e principalmente no caso do meu documentário, porque era tudo conduzido pelos depoentes que são meus parceiros, são pessoas que fizeram parte da minha vida, tem papel pessoal também e eh e eles escreve todas as os acontecimentos, as coisas toda como melhor que eu, porque se eu tivesse contando, tem coisas que são tão excepcionais assim, que se eu tivesse contando podia ser que alguém duvidasse.
Daí fiquei fico muito feliz de tá vendo ali esses parceiros falando inclusive relatando coisas que tem coisa até que eu nem me lembrava mais e eles uma coisa bacana no documentário que são às vezes vários dessas desses parceiros, desses artistas que eu trabalhei, eles todos contam os mesmos episódios que a gente assim, um fala assim, ah, o Robertinho estava ali, é o outro, é, e depois ele subiu na cadeira, aí depois ele quebrou a guitarra... Então, há uma tabelinha, muito bacana ali, tá todo mundo contando isso eu acho, eu achei muito legal.
Você é um músico eclético: toca MPB, rock (e até a
vertente mais pesada, o heavy metal), passou pela música infantil (sou fã do
Elefante até hoje) e é referência no World Music. O que, na sua visão, fez do
Robertinho de Recife o Robertinho do Mundo?
Bem, deixa eu falar uma coisa, está claro que eu sou uma pessoa eclética, como você mesmo falou na sua pergunta, eh mas do nome, essa ideia foi um bilhete que a Rita Lee me mandou um dia escrito só essa frase, Robertinho de Recife, interrogação, Robertinho do mundo! E daí eu falei vou botar, eu tava gravando um disco, tava terminando. Eu falei, já tem um título do disco. Robertinho de Recife Robertinho do mundo. É verdade que eu andei por esse mundo lá fora, tive parte da minha carreira construída nos Estados Unidos, onde morei dois anos lá, toquei com várias pessoas, participei até de bandas americanas, mas aquela coisa, eu sou um músico e músico brasileiro, principalmente, toca de tudo, né?
Não só eu, mas há vários músicos que são ecléticos, não é aquela coisa, o cara é só um músico de blues, o outro lá é só músico de rock só metal, o outro é só, é isso que acontece lá, hoje especialistas de estilos e se desenvolvem só numa coisa, horizontalmente. E foi isso que eu sempre tentei, quer dizer, eu não me prendi a nenhum estilo de cada disco meu, da minha carreira solo, é cada um é uma coisa diferente, porque eu gosto de várias inclusive do metal e eu me dou a liberdade de criação, a liberdade de criação é a coisa mais importante pra mim, não me diga o que fazer, eu farei o que a arte me leva a fazer, é aquela coisa, eu desenho a mão livre, não com decalque atrás, entendeu? E é isso.
Serviço:
Lançamento do Documentário Robertinho de Recife? Robertinho
do Mundo!!!
Data: 05/10/2020
Hora: 22h30
Onde: No canal do Youtube do Music Box
O ebook e o aplicativo do documentário já estão disponíveis no link: www.derecifedomundo.com.br