Pamela Silva (foto ao lado), de 21 anos, começou a trabalhar como entregadora de aplicativos recentemente. "Durante a pandemia eu fiquei desempregada, como muitos trabalhadores e foi durante essa pandemia a gente criou forças", conta. Segundo a entregadora, esse movimento dos trabalhadores não tem líderes: "a gente procura não ter líderes, mas sim grupos que conversam, que se articulam. Li uma matéria sobre o Galo [entregador em São Paulo] e acabei conversando com ele e aos poucos se expandiu o movimento dos entregadores antifascistas aqui em Pernambuco.
A mobilização é em todo o Brasil e de acordo com os apoiadores, as pessoas que a gente tenta chegar, outros entregadores, conversamos nos intervalos. Enquanto a gente fica num ponto, esperando as corridas, tentamos mobilizar aí boca a boca, e também pelas redes sociais, que tá crescendo bastante, tá conseguindo muita visibilidade". A mobilização acontece nesta quarta, dia 1° e a concentração é no Centro de Convenções a partir das 8h da manhã.
Reivindicações - O movimento #BrequeDosApps tem como principais reivindicações o aumento do valor pago por km rodado e do valor mínimo das corridas, o fim dos bloqueios indevidos, além de medidas como EPIs, auxílio-doença (diante do risco de contaminação por COVID-19), seguro de vida, por acidentes ou mesmo roubos.
Essa paralisação não é só no Brasil. O movimento também irá acontecer em outros países, como Argentina, Chile, Equador, México, Costa Rica e Guatemala. Trata-se de uma mobilização por direitos elementares a qualquer trabalhador, como a remuneração justa e condições adequadas de trabalho.