De acordo com a organização internacional Stop TB (Pare a Tuberculose), a luta contra a tuberculose pode se tornar uma vítima colateral da pandemia de Covid-19, causando até 1,4 milhão de mortes adicionais nos próximos cinco anos, já que pacientes não serão diagnosticados nem tratados.
Sobre o assunto, a coordenadora de Tuberculose da Secretaria de Saúde de Olinda, Deisiany Karla de Carvalho, esclarece dúvidas sobre o assunto e alerta a população para cuidados necessários.
Semelhanças entre coronavírus e tuberculose
"Assim como a tuberculose, a Covid-19 geralmente afeta os pulmões e as pessoas que a contraem podem apresentar sintomas semelhantes aos da tuberculose, como tosse e febre. É provável que pessoas com algum problema nos pulmões, como pacientes com tuberculose ou pessoas com sistema imunológico fraco, como aquelas com carga viral de HIV considerável, possam sofrer formas mais graves da Covid-19, se infectadas. Além disso, muitos pacientes com tuberculose vivem em áreas densamente povoadas e essa proximidade aumenta ainda mais o risco de contrair Covid-19. Sobretudo em assentamentos superlotados, com pouco acesso à água potável ou assistência médica".
Cuidados
"Manter o tratamento em dia, se alimentar corretamente, tomar cuidados essenciais como lavar sempre as mãos e usar máscaras, evitar aglomerações e se possível permanecer em isolamento social. Uma vez que dado o alto risco de complicações graves em pacientes com tuberculose, os esforços para minimizar o impacto da Covid-19 são essenciais".
Tratamento tuberculose
"O tratamento da tuberculose é realizado com o 4 em 1, dura, no mínimo, seis meses, é gratuito e disponibilizado no SUS. Logo nas primeiras semanas de tratamento, o paciente se sente melhor e, por isso, precisa ser orientado pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independentemente da melhora dos sintomas".
Imprensa Olinda