Em seu pronunciamento, o Deputado Rinaldo Modesto relatou seu repúdio e o de pastores evangélicos com uma "calcinha" supostamente encontrada na porta da igreja localizada em uma das ruas interditadas para a realização da festa, justificando e sugerindo a Prefeitura a transferência da festa popular para lugares afastados da região central da cidade.
O discurso preconceituoso do deputado repercutiu nas redes sociais e foi considerado pelo movimento de mulheres uma tentativa mesquinha de criminalizar o carnaval e principalmente a população periférica que ocupou as ruas.
No ato, as mulheres querem também dar visibilidade ao fato da Assembleia do MS não ter nenhuma mulher eleita na ultima eleição, o que coloca em risco a prática democrática em um estado que está em terceiro lugar no ranking nacional de feminicídio.
Em 2019 foram mais de 17 mil registros de casos de violência contra a mulher na Casa da Mulher Brasileira, alem de 35 feminicídios.
Um varal de calcinhas será estendido simbolicamente para registrar a necessidade e a presença das mulheres em todos os espaços para que a democracia seja garantida e cada segmento de mulheres levantará suas bandeiras e suas reivindicações, pois entendemos que certamente a opinião de alguns deputadso não representam o segmento religioso como um todo e muito menos a sociedade em geral.