A missionária católica Dorothy Stang, assassinada há 15 anos no interior do Pará, nasceu nos Estados Unidos e foi morta quando realizava trabalho pastoral no município de Anapu, a 680 km de Belém. Suas atividades buscavam a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento junto aos trabalhadores rurais na área da Rodovia Transamazônica, além de focar na minimização dos conflitos agrários na região. Um de seus maiores feitos foi a construção da Escola Brasil Grande, de formação de professores. No dia 12 de fevereiro de 2005, ela foi assassinada com vários tiros. Antes de morrer, Irmã Dorothy encarou seus assassinos lendo para eles o Sermão da Montanha (texto bíblico onde Jesus citava as bem-aventuranças). O mandante do crime, um fazendeiro da região, está preso e foi condenado a 25 anos de prisão. A Igreja Episcopal Anglicana celebra o dia 12 de fevereiro, no calendário dos santos, o dia da "Mártir da Caridade na Amazônia".
"Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar".