O Índice de Confiança do Empresário (ICEI) pernambucano se manteve inalterado na passagem de dezembro de 2019 para janeiro de 2020, atingindo 62,1 pontos, frente a 62,2 pontos registrados no último mês do ano. Considerada boa pelo mercado, já que ultrapassou a média de 50 pontos, a manutenção do índice se deve ao estímulo após a aprovação da reforma previdenciária no ano passado, a promessa de tirar do papel a reforma tributária em 2020 e a tendência de recuperação econômica do País.
“Esses fatores foram primordiais para manter a confiança do empresário local em alta. E isso acontece por uma combinação de perspectivas futuras otimistas, como a aprovação da reforma tributária, e uma melhora das atividades das próprias empresas”, destacou o economista da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Cézar Andrade, ressaltando que a permanência desses números acima dos 50 pontos vem acontecendo desde janeiro de 2017.
Segundo o levantamento da FIEPE, as condições atuais da economia estadual contribuíram para a estabilidade. A economia de Pernambuco apresentou variação positiva de 1,3 ponto em dezembro e redução de apenas 0,2 ponto comparada a janeiro de 2019. Já o indicador das condições relativas à própria empresa, subiu 0,6 ponto em relação a dezembro e registrou aumento de 3,5 pontos comparado ao mesmo mês do ano anterior.
“As variações registradas no índice de condições atuais reforçam a sensação de estabilidade das indústrias do País e do Estado e solidificam a confiança do empresário”, frisou Andrade. Quanto ao componente ‘expectativas’ para o primeiro semestre de 2020, a tendência se repete. O indicador registrou leve decréscimo de 0,5 ponto em relação a dezembro de 2019, chegando ao patamar de 64,9 pontos. Em relação a janeiro de 2019, a variação registrada foi negativa em 3,4 pontos, registrando os 68,3 pontos.
Na análise da expectativa quanto à economia brasileira, à economia estadual e à percepção de melhora na atividade corrente das próprias empresas, houve diminuição do índice, porém pouco expressiva em relação ao mês anterior. “A diminuição dos resultados em relação ao ano anterior reflete maior cautela dos empresários quanto aos próximos seis meses, no entanto, ainda é bastante positivo, pois o resultado está acima dos 50 pontos”, revela o economista.
Imprensa FIEPE