terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Câncer de pele também pode ser tratado com radioterapia

O verão chegou e com ele os alertas sobre os cuidados com a saúde em relação ao sol precisam ser reforçados, principalmente na pele. Até o fim de 2019, mais de 171 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer no maior órgão do corpo humano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O número diz respeito a dois tipos de câncer: o câncer de pele não melanoma e o câncer de pele melanoma, somados. A radioterapia pode ser uma opção para tratamento para ambos os casos.

Ela utiliza radiações ionizantes para inibir o crescimento ou destruir as células anormais que formam o tumor. “A radioterapia alivia os sintomas causados pela disseminação da doença, principalmente para o cérebro ou ossos. A chamada radioterapia paliativa reduz alguns sintomas da doença”, explicou o radio-oncologista da Oncoclínicas Radioterapia, Felipe Coelho.

Estética

Não apenas no combate ao câncer de pele a radioterapia pode ser importante. Ela também serve para tratamentos estéticos no maior órgão do corpo humano. Cicatrizes hipertróficas e queloides gerados por cirurgias de mama, hérnias ou cesárias, por exemplo, ou como consequência do uso de argolas, piercing e/ou brincos são diagnósticos frequentes nos dias de hoje e que podem ter a radioterapia como parte integrante importante do seu tratamento.

“O tratamento de radioterapia para profilaxia do desenvolvimento de queloides requer o uso de um tipo específico de radiação que fique restrito à parte superficial da pele, seja através de acelerador linear ou braquiterapia. O procedimento radioterápico deverá ser iniciado nas primeiras 24-48 horas após a ressecção cirúrgica do queloide. Essa estratégica está associada a taxas de recidiva inferiores a 5%, enquanto que a retirada do queloide sem uso de nenhum tratamento adjuvante adicional está ligada a taxas de recidiva superiores 60-70%”, acrescentou o radio-oncologista Diego Rezende.