Definitivamente 2019 foi um ano marcante para o ator Pedro Dias. Protestos de rua, arte-educação, cinema, rádio, TV e, claro, teatro. Em diferentes áreas, ele mostrou o que sabe fazer de melhor: atuar. E sim, duas de suas peças mais assistidas, Senhora de Engenho - Entre a Cruz e a Torá e Ana de Ferro - Rainha dos Tanoeiros do Recife foram amplamente encenadas este ano.
E com os companheiros das duas peças, ele recebeu a homenagem de 30 anos do Grupo Risadinha, em Camaragibe. Dias preside a trupe e não tem como medir o reconhecimento da cidade onde nasceu. Ainda na Terra dos Camarás, o grupo encenou a peça Trabalho Infantil não tem Graça em escolas municipais.
Páscoa em Pernambuco é sinônimo de encenações de Paixões de Cristo. E com a experiência de mais de 20 anos, inclusive contracenando com José Pimentel (1934-2018), este ano interpretou Herodes na Paixão dos Guararapes.
O ano de 2019 marcou Pedro Dias também no audiovisual. Além do já conhecido e premiado O Menino que Morava no Som, em abril, houve o lançamento do filme (Sub)Imersa, de Maria Dias, em que interpretava um torturador em plena década de 1970. Além disso, o especial de Natal A Presepada, onde deu vida a um pipoqueiro, foi exibido nacionalmente. A sua cena incluía a fala “eu estava ouvindo o rádio!”
E por falar no rádio, no fim deste ano, interpretou o deficiente visual Vanderlei no radioteatro Feliz Ano Novo, de Patrícia Breda, esbanjando sensibilidade. E nas ruas, Pedro Dias estreou na peça Tango em Trapos, com texto de Jomard Muniz de Brito e direção de Maria Dias.
E se a rua é o lugar do artista, Pedro marcou presença em vários protestos pela educação e contra a reforma da previdência. Aproveitando a semelhança com o ator José de Abreu e em meio à autoproclamação do ator paulista como presidente da República, Pedro Dias colocou a faixa e se autoproclamou “Zé de Abreu pernambucano”.
Para 2020, novidades sim. Inclusive já no 26º Janeiro de Grandes Espetáculos. Mas já pode render outro texto...