No dia 14 de novembro é lembrado o Dia Mundial do Diabetes, data em que são alertados os riscos, formas de prevenção e tratamento da doença crônica. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o excesso de peso, o sedentarismo, gordura abdominal e histórico familiar são os principais fatores para o desenvolvimento de diabetes.
Com 16 milhões de pessoas portadoras de diabetes, o Brasil é o quarto com maior número de casos da doença no mundo, que responde também pela quarta maior causa de mortes, segundo levantamento do Ministério da Saúde.
O diabetes é uma doença silenciosa, que se não for controlada pode levar a sérias complicações. Entre elas, o pé diabético, responsável por grande número de amputações, o que compromete a qualidade de vida dessas pessoas. Segundo a podóloga Eli Arôcha, grande parte dessas amputações foram precedidas por uma úlcera e essas poderiam ter sido evitadas por meio de avaliação para detectar os pés em risco de ulceração.
Estudos recentes contam que a cada 20 segundos um pé diabético é amputado no mundo. “Precisamos evitar o primeiro evento, seja ele um calo, uma bolha, uma úlcera ou até mesmo uma micose nos pés. Somente assim vamos reverter essa situação", informa a podóloga Eli Arôcha.
Eli Arôcha também conta que 60% a 70% das pessoas com diabetes têm algum grau de neuropatia "pés insensíveis". A neuropatia "pés insensíveis" está presente em 80% dos pacientes diabéticos que apresentam úlceras nos pés.
Eli diz que o tratamento do pé diabético deve ser feito com a orientação médica que irá definir o tratamento em função do tipo e da gravidade da lesão. O tratamento pode envolver o uso de antibióticos, pomadas, curativos e, em casos mais graves, cirurgias.
O grau de gravidade é determinado pela dificuldade na cicatrização.
Para evitar problemas com os pés, as pessoas diabéticas devem cortar as unhas dos pés com um podólogo, escolher sapatos confortáveis (evitar sapatos com pontas finas e apertados), manter os pés sempre aquecidos, evitar andar descalço e não retirar calos ou cutículas.