De um instrumento musical de percussão utilizado em diversos ritmos brasileiros nasceu a inspiração para o projeto “Ritmos do Ganzá”, uma das seis praças de descanso e convivência da 20ª edição da Fenearte, que conquistou o primeiro lugar no evento realizado entre os dias 3 e 14 de julho, no Centro de Convenções, em Olinda, que trouxe esse ano como homenageados de uma das danças mais tradicionais do Brasil, os mestres cirandeiros e cantadores Lia de Itamaracá, Dona Duda e Mestre Baracho, falecido em 1988. “Estamos orgulhosos pela conquista dos nossos alunos”, declarou o diretor geral da Faculdade Esuda, Wilson Barretto ao comemorar a conquista do primeiro lugar da praça “Ritmos do Ganzá”, desenvolvida pelos alunos de Arquitetura e Urbanismo.
O espaço desenvolvido pelos alunos Aline Nascimento, João Carlos Quintino e José Augusto Neto da Faculdade Esuda tem como inspiração o ganzá, instrumento de percussão da cultura pernambucana, conhecido por ditar o ritmo dos movimentos populares, sendo um deles a ciranda. A praça que contará com uma armação de 2.20m e um banco de 9m, que comporta em média 20 pessoas, sendo todo feito de materiais biodegradáveis, garantido o seu reaproveitamento futuramente. “A praça por si só, é carregada de significados e nosso objetivo é passar a sensação de modernidade e algo subjetivo, com uma ideia mais contemporânea. Esperamos que as pessoas tenham uma visão mais moderna da ciranda e da cultura popular, pois é algo moderno, que sempre está em mutação”, afirmou José Augusto Neto, coordenador da segunda equipe.
A praça foi selecionada por um júri composto por cinco jurados, formado por arquitetos e pesquisadores indicados pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU seção Pernambuco e pela Coordenação Geral da 20ª Fenearte (arquitetos e pesquisadores indicados pelo CAU e representantes da sociedade civil designados).