Uma
tarde de atividades gratuitas e lúdicas para festejar a infância, os mitos e convivências afro-brasileiras. O evento
Aguerézinho - o festejo dos contos
tem como proposta fazer um convite para que as famílias
repensem a ótica eurocêntrica da infância e troquem a excessiva compra de brinquedos pelo compartilhamento de afeto, o celular por um livro e uma boa história. Depois de ser realizado pela primeira vez, em 2018, o encontro busca apoio para garantir o sucesso
na segunda edição, por meio de uma campanha online de financiamento coletivo.
O
evento é idealizado e realizado pela contadora de histórias, pedagoga e empreendedora social Kemla Baptista, fundadora do canal no Youtube Caçando Estórias. O Aguerézinho recebe esse nome em uma referência ao “Agueré”, ritmo afro-brasileiro e um festejo de
algumas tradições do candomblé Ketu dedicado aos Odés, ancestrais caçadores e caçadoras que são diretamente relacionados a prosperidade e a alegria. As atividades estão programadas para acontecer no dia 12 de outubro deste ano, das 13h às 17h, no Museu da
Abolição, no bairro da Madalena, Recife, Pernambuco.
A captação dos recursos foi pensada em duas etapas. A primeira visa viabilizar os custos básicos de produção do festejo, como a compra das passagens de ida e de volta, hospedagem e alimentação da convidada, a escritora Kiusam de Oliveira. O montante também contempla a alimentação e transporte para as crianças do grupo infantil Encantinho do Pina, camisas dos voluntários e demais itens descriminados no link da campanha hospedado no site Benfeitoria (www.benfeitoria.com/aguerezinho). A segunda meta é ampliar as atividades do Aguerézinho, realizando um seminário sobre educação antirracista na infância no próprio Museu da Abolição do Recife.
A captação dos recursos foi pensada em duas etapas. A primeira visa viabilizar os custos básicos de produção do festejo, como a compra das passagens de ida e de volta, hospedagem e alimentação da convidada, a escritora Kiusam de Oliveira. O montante também contempla a alimentação e transporte para as crianças do grupo infantil Encantinho do Pina, camisas dos voluntários e demais itens descriminados no link da campanha hospedado no site Benfeitoria (www.benfeitoria.com/aguerezinho). A segunda meta é ampliar as atividades do Aguerézinho, realizando um seminário sobre educação antirracista na infância no próprio Museu da Abolição do Recife.
O
Aguerézinho fará homenagens à ancestralidade feminina africana, à expressividade feminina nas tradições orais afro-brasileiras e à literatura infantil, por meio do livro Omo Obá: Histórias de princesas, escrito por Kiusam de Oliveira. Em 2019, comemora-se
os 10 anos de publicação da obra, que recupera os mitos dos orixás femininos como princesas, aproximando-as do universo feminino negro do passado e da contemporaneidade. Além de ouvir histórias em espetáculos do projeto Caçando Estórias e de convidados, as
crianças participantes do evento são convidadas a fazer apresentações artísticas, conhecem brincadeiras tradicionais africanas, vivenciam a capoeira Angola, percussão, pintura, desenho, yoga e confecção de turbantes.
A proposta surge como uma alternativa lúdica e socialmente
responsável para que as famílias construam uma perspectiva diferenciada sobre os hábitos de consumo na infância e a valorização da diversidade étnico-racial. O grupo infantil convidado deste ano é o Encantinho do Pina. Fundado em 2013 como baque mirim da Nação
do Maracatu Encanto do Pina, ele oferece atividades educativas e artísticas como a oficina de maracatu para as crianças e adolescentes da comunidade do Bode, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. O trabalho, além de educativo do ponto de vista musical, permite
a introdução e a valorização da cultura de matriz africana no cotidiano das crianças e adolescentes.
Impacto social
No Aguerézinho, é considerada a necessidade de incentivar
e acreditar nos potenciais das crianças. Seja pela promoção dos hábitos de leitura, pelo contato com o universo dos mitos africanos e afro-brasileiros, pelas atividades lúdicas afro referenciadas, artes visuais, música, corporeidade. "O projeto acredita no
poder transformador da autoestima, respeito à diversidade, afeto e confiança. Isso se expressa nas vivências criativas", afirma Kemla Baptista.
Uma delas é o "Pé de livros", espaço compartilhado para a
leitura de livros afirmativos de literatura infantil doados pelas editoras Pallas e Arole Cultural. Sob a sombra dos baobás do jardim do Museu da Abolição, o público conhece obras que exaltam afro-brasilidades e que, ao final do evento, são doadas ao acervo
da Ludoteca do museu e à biblioteca do grupo Encantinho.
O evento será acessível à pessoa surda, pois contará com tradutores
em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Haverá ainda a mobilização de voluntários que colaboram ativamente na realização das vivências com as crianças no jardim do museu.
Primeira edição
A primeira edição do Aguerézinho aconteceu no Museu da Abolição,
em outubro de 2018, para celebrar os 10 anos de Caçando Estórias, uma iniciativa de educação para a diversidade criada por Kemla Baptista. Foi pensando em construir novas possibilidades para as comemorações do dia das crianças que a contadora de histórias
teve a iniciativa, engajada e divertida, de convidar artistas da música, contação de histórias e cultura popular, educadores, estudantes de escolas públicas e universitários para participar desse evento colaborativo. Como o próprio nome sugere, o Caçando Estórias
convida as crianças para desbravar o universo das tradições afro-brasileiras e mostrar que elas também criam arte.
Serviço:
Aguerézinho: O festejo dos contos
Onde: Museu da Abolição
Endereço: Rua Benfica, 1125, Madalena, Recife
Quando: 12 de outubro (sábado)
Horário: das 13h às 17h
Classificação etária: Livre
Entrada: Gratuita
Evento acessível para a pessoa surda
Links:
Mais sobre a campanha de financiamento:
www.benfeitoria.com/aguerezinho
Site Caçando Estórias:
www.cacandoestorias.com/aguerezinho2019